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Campos diz que não fará do debate eleitoral um ringueDilma mira indecisos e descontentes com aliança de Marina e Eduardo Campos Aliança considerou candidatura de Campos, diz MarinaPSDB acionará MP contra governo Dilma por improbidade administrativaAécio entra em cena e veta palanque duplo para CamposNo estado governado pelo PSDB há quase 20 anos, o governador Geraldo Alckmin articula uma dobradinha com o PSB que pode incluir a realização de uma campanha casada.Os tucanos paulistas lembram que, nas disputas presidenciais anteriores, as campanhas em Minas Gerais foram marcadas por alianças informais entre Aécio Neves e o PT.
O movimento ficou conhecido como “Lulécio” em 2006 e “Dilmasia” em 2010, quando o tucano Antonio Anastasia elegeu-se governador e Dilma Rousseff presidente.
O PSDB de São Paulo e o Palácio dos Bandeirantes evitam tratar desse tema abertamente para não melindrar o senador mineiro, mas não escondem que a prioridade total é incluir a legenda de Campos no arco de alianças do governador paulista.
“O Aécio vai ter que engolir esse sapo”, diz um dirigente tucano. A avaliação é que Alckmin não pode correr o risco de o PSB lançar um candidato próprio que reforce a artilharia contra o governador na TV e nos debates.
“As realidades regionais nem sempre são alinhadas com o quadro nacional. Como não há verticalização, não há obrigatoriedade de alinhamento”, reconhece o deputado Marcus Pestana, presidente do PSDB mineiro e aliado de Aécio.
O alcance da “dobradinha”, que já começa a ser batizada de “Geduardo” (Geraldo %2b Eduardo), preocupa o comando nacional tucano. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os candidatos ao governo estadual podem aparecer nos materiais de campanha de mais de um candidato presidencial, já que não existe a regra da verticalização.
Isso significa que Eduardo Campos pode surgir no meio da propaganda dos deputados da chapa tucana no espaço reservado ao PSB. E também em adesivos, banners e panfletos ao lado de Geraldo Alckmin.
A tese de palanque duplo para atrair o partido do governador de Pernambuco não é consensual no PSDB. “Defendo que o partido lance uma chapa pura para o governo. Sou contra o palanque duplo”, afirma o ex-deputado Milton Flávio, presidente do PSDB paulistano.
Ciente de que teria dificuldades para estruturar a campanha em São Paulo, Aécio já buscava abrir espaços alternativos ao Palácio dos Bandeirantes muito antes de Campos surgir como adversário direto, aproximando-se de políticos do PSDB no interior paulista. Se o mineiro for derrotado em 2014, Alckmin desponta, se reeleito, como nome natural ao Planalto em 2018.