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Ex-diretor da CPTM teria turbinado contratos do cartelAlckmin promete rigor contra envolvidos no Caso AlstomJustiça abre sigilo de 11 investigados do caso AlstomCaso Alstom: documento reforça suspeita de corrupçãoCaso Alstom: confirmado pagamento a ex-diretorAdvogado nega contato de Zaniboni com doleirosSuspeito no caso Alstom usou logística de MalufPor meio de “pedido de auxílio Judiciário Internacional em matéria penal”, Stefan Lenz requereu ao Brasil que providenciasse os interrogatórios de Zaniboni e dos lobistas Arthur Gomes Teixeira, seu irmão Sérgio, e ainda de José Amaro Pinto Ramos. “Solicita-se que o Ministério Público (Federal) comunique, com um aviso prévio de um mês, as datas dos interrogatórios ao Ministério Público suíço e que lhe outorgue a possibilidade de estar presente, de fazer perguntas às pessoas interrogadas e lhes apresentar os documentos apensados e probatórios para recolher seus pareceres”, escreveu o procurador.
Ele insistiu em uma inspeção na casa do ex-diretor da CPTM. “Solicita-se que se efetue particularmente no domicílio de Zaniboni uma busca e se apreenda quaisquer documentos relacionados com o presente processo.”
O pedido não foi atendido, o que surpreendeu promotores e procuradores que compõem força-tarefa para investigar cartel e corrupção no setor metroferroviário.
O procurador suíço apontou para as offshores Gantown Consulting SA e GHT Consulting SA, controladas por Arthur e Sérgio Teixeira. “As análises de fluxos efetuadas na Suíça revelaram que a partir de contas que estas duas pessoas mantêm ou mantinham na Suíça fundos foram transferidos a João Roberto Zaniboni. Há uma forte suspeita de que esses pagamentos foram efetuados em relação com a atribuição de contratos relativos a projetos de transporte pela CPTM à Alstom.”
A Alstom informou que “está prestando todos os esclarecimentos para as autoridades competentes pelas investigações”. A Siemens destaca que partiu dela a iniciativa de denunciar o cartel por meio do acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).