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Dilma confirma mais uma visita a BH na próxima semana PSDB na Justiça contra DilmaAécio retoma tese 'puro-sangue' para chapa tucana, mas Serra rejeita vicePSB admite embate com Aécio por vaga no segundo turno das eleições de 2014Dilma terá que ter jogo de cintura na reforma ministerial para não desagradar aliadosNa busca por eleição, eleitor é 'pago' até com dentaduraCandidatos se destacam mais pelo jingle-chiclete do que por propostasNa análise do prefeito, a presidente Dilma deve levar a melhor na cidade no próximo pleito, mas ele destaca que vota em Aécio Neves. “A Dilma é forte porque a cidade é pobre e o pessoal carente depende do Bolsa-Família”, entende o prefeito. “O Bolsa-Família é uma espécie de compra de voto disfarçada”, ataca, fazendo coro ao discurso radical da oposição.
Se o prefeito critica o principal programa social implementado pelos governos do PT, que teve início durante o mandato de Luiz Inácio Lula da Silva e persistiu com Dilma, ele corteja uma das joias da coroa criadas por Dilma, o programa Mais Médicos. “Fiz o cadastro, mas não fomos contemplados”, lamenta. A cidade tem dois médicos contratados e cada um recebe R$ 22 mil por mês, mais que o dobro do que recebe o prefeito: R$ 10 mil.
Indiferente às intrigas políticas, Nilda Alves, de 47 anos, depende dos R$ 212 que recebe do Bolsa-Família para sustentar a família. “Voto sempre na Dilma por causa do Lula, que tirou a gente da pobreza”, afirma Nilda, que também votou em Aécio nas duas vezes que o senador foi eleito ao governo do estado. Antes de receber o benefício, ela lembra que era comum se alimentar apenas de sopa de mandioca. “O importante é ter o Bolsa-Família”, reforça Nilda.
O balconista de farmácia Ronivon Mendes é filiado ao PSDB e entende que o programa é importante, mas na análise dele a cidade precisa de uma indústria para gerar empregos e não ficar dependente somente dos benefícios. Ronivon garante que votará no senador tucano e destaca a obra feita durante o governo do PSDB, que asfaltou os 44 quilômetros que ligam a cidade até a vizinha Conceição do Mato Dentro, passando a ser o único trajeto asfaltado até Congonhas do Norte.
O produtor rural José Miguel Ferreira, morador do distrito rural de Santa Cruz do Alves, é plantador de quiabo e não gosta do benefício concedido pelo governo federal. “O pessoal não quer trabalhar”, argumenta. O amigo dele Geraldo da Rocha, que é lavrador, pensa diferente. “Só não gosta quem não é fraco. Isso (Bolsa-Família) ajuda demais. Agora, posso deixar meus filhos se formarem, sem precisar trabalhar”, entende Geraldo. Ambos foram eleitores de Dilma e Aécio em eleições passadas, mas no pleito do ano que vem vão ter de votar em candidatos diferentes. José Miguel diz escolher Aécio e Geraldo vai com Dilma.
Politiquês/Português
Dilmasia
Dilmasia é a denominação de um movimento eleitoral não oficial de prefeitos mineiros em 2010 que defendia o voto na candidatura de Dilma Rousseff (PT) para presidente e Antonio Anastasia (PSDB) para o governo mineiro, a despeito das determinações de seus partidos. Fenômeno semelhante ao que ocorreu com Lula (PT) e Aécio Neves (PSDB), o Lulécio, na eleição anterior, em 2006.