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Animado com o que chama de "avanço do partido", Eymael diz que "a democracia cristã virou grife" e, por isso, tem sido cortejado por "adversários competitivos". Mas a ideologia do PSDC, defende ele, é tão arraigada que não há espaço para alianças. "Tudo tem o seu tempo. A fase da reconstrução do partido passou. Chegou a hora de disputar a eleição para ganhar", comenta o septuagenário, que já é bisavô.
Nas eleições municipais de 2012, o número de vereadores do PSDC nas capitais pulou de sete para 20. A bancada de deputados estaduais saltou de 10 para 50. Em 2014, a meta é formar uma bancada de pelo menos 10 deputados federais. O número de votos conquistados por Eymael no último pleito presidencial representou menos de 0,1% do total. "Mas fiquei em quinto lugar", comemora ele, que não aceita o título de nanico, tantas vezes associado ao PSDC. "Já me incomodou mais. Hoje, não dou bola", garante. "Um partido com 2 mil diretórios e 200 mil filiados não pode ser considerado nanico".
Pré-candidata à reeleição, Dilma Rousseff não poderá contar com o apoio de Eymael em um eventual segundo turno. "O encanto acabou, Dilma perdeu meu voto. As transformações que ela prometeu não aconteceram", afirma o presidente do PSDC, que apoiou a petista em 2010. Para ele, os pontos mais negativos do atual governo são a ausência da reforma tributária e um combate à corrupção ainda longe do ideal.