Para Dirceu, Marina está com o "péssimo costume" de ver legitimidade e representatividade apenas em suas ações e críticas. "Ela esquece, completamente, suas origens no PT, pelo qual cumpriu dois mandatos de senadora, construindo nosso programa ambiental e exercendo em nome do partido a função de Ministra de Estado do Meio ambiente, quando reduzimos drasticamente o desmatamento da Amazônia", lembra Dirceu.
O ex-ministro da Casa Civil apontou ainda que acusar o programa da presidente Dilma Rousseff de eleitoreiro é "pura politicagem eleitoral, já que o parceiro de Marina, o governador Eduardo Campos, também é candidato ao Planalto e seus programas e ações de governo têm a mesma legitimidade que os da presidenta Dilma".
Dirceu classificou a união entre a ex-senadora e o governador pernambucano como o "mais surpreendente lance político desta quadra de sucessão presidencial" e afirmou que a dupla continua a surpreender pelo que diz "sem nenhuma sustentação na realidade" e não pelo que "promete fazer e não faz", um programa para o País.
Ele criticou Campos por ter considerado o programa Mais Médicos uma medida tomada por falta de planejamento na saúde. Ele afirmou também que o governador "fez coro com a corporação médica". "Ao invés de defender o Programa Mais Médicos, apelou, veio com esse discurso de que falta planejamento para formar mais profissionais na área, quando todos sabemos que o problema não é a falta de médicos, mas o fato de que eles não querem ir para o interior de Pernambuco e para as regiões pobres do País. Nem mesmo nas grandes cidades eles querem ir para as periferias", escreveu Dirceu. O ex-ministro acusou Campos de ignorar "solenemente" que foram criadas inúmeras faculdades de medicina durante os dez anos de governo petista para conquistar a plateia.