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Estado de Minas

Partidos recém-criados correm para filiar prefeitos e vereadores

Novatos PROS e Solidariedade avançam nos municípios de olho nas alianças da disputa presidencial do ano que vem


postado em 22/10/2013 06:00 / atualizado em 22/10/2013 07:33

Prefeitos e vereadores de todo o país têm até quinta-feira para deixar os atuais partidos e ingressarem nos recém-criados PROS e Solidariedade. Pela legislação eleitoral, qualquer sigla dispõe de um mês para buscar filiados após a data de fundação. Como os dois foram aprovados pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 24 de setembro, a correria para fechar o maior número de políticos possível é grande nas cidades brasileiras e pode alterar a base de apoio dos postulantes ao Planalto em 2014, sobretudo a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB). O PROS apoia a petista e o Solidariedade já disse que estará ao lado do tucano.


As legendas dos presidenciáveis no pleito do próximo ano estão de olho nas negociações partidárias. Como as bases eleitorais nos municípios são importantes na definição de apoios locais, a montagem dos palanques passa, necessariamente, pelas alianças entre os partidos. Hoje, os três partidos confirmados na aliança de Dilma comandam 1.715 prefeituras. Aécio tem 980 prefeitos ao seu lado. E a dobradinha Marina Silva–Eduardo Campos, 568.

A cúpula do PROS, dirigido pelo ex-vereador Euripedes Júnior, afirma que não quer fechar um número antes de amanhã para não passar a imagem de que tem um projeto e que o objetivo não foi atingido. Mas a expectativa é conseguir a adesão de cerca de 300 prefeitos, o que já daria fôlego para buscar a consolidação da legenda novata pelo país afora. A conta sobre a quantidade de vereadores é mais difícil de ser calculada, mas os integrantes da sigla acham possível passar de mil. Acredita-se que a maior parte seja oriunda da base do governo Dilma Rousseff. A avaliação é de que poucos estão na oposição ao Planalto hoje.

Já o Solidariedade tem nesta terça-feira duas reuniões consideradas importantes para consolidar os números finais das adesões. A Executiva Nacional da legenda se reúne 12h30 e a bancada na Câmara, formada por 23 deputados – oitava maior da Casa –, tem encontro marcado às 17h30. “É muita correria. É muita gente oferecendo e muita gente pedindo (vereadores)”, confirmou o secretário-geral do Solidariedade, Marcílio Duarte. Nem sempre, contudo, a empreitada logra êxito. “Eu fui para Roraima. Lá, não conseguimos ninguém e ainda voltei resfriado”, lamentou.

Fisiologismo

O líder do Solidariedade na Câmara, Fernando Francischini (PR), avalia que nos últimos 30 dias a legenda conquistou muitos interessados, mas nega fisiologismo. “A grande maioria não se sentia mais representada em seus partidos, principalmente aqueles que defendiam a bandeira trabalhista”, argumenta. Ele reconhece, porém, que “ninguém é bobo de dizer que alguns vieram para ter mais espaço político”. “Isso é comum em todos os partidos”, analisa.

Segundo o deputado, 150 vereadores paranaenses se filiaram ao Solidariedade desde 23 de setembro, sendo 10 presidentes de câmaras do interior. Ele cita como importantes municípios conquistados Maringá, São José dos Pinhais, Paranavaí e Campo Mourão. Mas é no Tocantins que o Solidariedade mostra força. Dos 139 municípios do estado, 50 já são administrados por prefeitos da nova sigla.

 

 


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