Jornal Estado de Minas

No Acre, marido de Marina fica em governo petista

Fábio Vaz de Lima, marido de Marina Silva, decidiu que vai continuar no cargo que ocupa no governo do petista Tião Viana

Agência Estado
São Paulo - Mesmo pressionado por parte da militância do PT no Acre, o marido da ex-ministra Marina Silva, Fábio Vaz de Lima, decidiu que vai continuar no cargo que ocupa no governo do petista Tião Viana. Atualmente, ele é secretário adjunto de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis.
A discussão veio à tona depois de Marina ter se filiado ao PSB no início do mês, já que a sigla passa por um momento de rompimento com o PT, tanto no governo federal como na esfera estadual. O Acre, no entanto, é um dos Estados em que os dois partidos resistem em coloca um ponto final na aliança.

Na semana passada, Tácio de Brito Junior, irmão do presidente do PT do Acre, Leonardo Brito, usou o Facebook para questionar se Vaz de Lima iria continuar no “empregão de subsecretário que tem no governo Tião Viana” depois das críticas que a ex-ministra vinha fazendo ao PT. Aliados de Marina chegaram a culpar a sigla por não terem conseguido o registro da Rede Sustentabilidade no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Também pela rede social, o marido de Marina disse que não tinha a intenção de deixar o cargo. “Vou pedir demissão não. Pelo menos este ano. Apoio e trabalho para o Tião Viana com muito orgulho.” Na mesma resposta, no entanto, voltou a criticar o partido. “Eu vejo o PT do Acre diferente do nacional. Aqui ainda correm sonhos. Nacionalmente...”

“Valioso”

Por meio da sua assessoria, o presidente do PT estadual disse que não compartilha da opinião do irmão e que esse posicionamento não reflete o pensamento do partido. Brito destacou que Vaz de Lima é um companheiro “valioso” e lembrou que o secretário ajudou a fundar o PT no Acre ao lado de Marina. Assim como a ex-ministra, ele deixou a sigla em 2009, mas não voltou a se filiar a uma nova legenda.

Vaz de Lima não respondeu ao pedido de entrevista do Grupo Estado. Procurada, a ex-ministra, que cumpre agenda no Paraná esta semana, também não quis se manifestar sobre o assunto.