O PT comemorou o resultado da pesquisa do Ibope, afirmando que a sociedade brasileira quer a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Para o PSB, o governador Eduardo Campos foi o único pré-candidato a crescer 150%. Já o PSDB afirmou que é preciso mudar a estratégia de campanha para forçar o segundo turno na eleição presidencial do ano que vem, visto que a ex-senadora Marina Silva está fora da disputa.
"A pesquisa comprovou que a sociedade quer a reeleição da presidente Dilma Rousseff", disse o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), ex-líder do partido e candidato a presidente da legenda. "Acho que a presidente Dilma demonstrou a solidez do governo e a capacidade de diálogo, visto que deu resposta imediata às manifestações de junho", acrescentou ele.
Paulo Teixeira disse que a estabilidade da presidente nas pesquisas, ficando entre 30% e 41% desde junho só reforça a ideia de que o governo dela tem estrutura capaz de resistir às crises políticas, como a das manifestações de rua de junho. "É um governo aprovado pelo povo brasileiro. E o governo dela é o que o povo quer", acrescentou o deputado.
Oposição
O líder do PSB na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS), afirmou que o resultado da pesquisa Ibope só anima o partido a trabalhar mais. Segundo ele, Dilma alcançou o teto e não deverá ultrapassar a casa dos 40%, 41%, enquanto Eduardo Campos cresceu 150%. "Na última pesquisa nosso pré-candidato tinha 4%. Agora está com 10%. Fomos os únicos a crescer 150%", disse ele. "Isso demonstra o acerto da aliança que fizemos com Marina Silva".
'Para Beto Albuquerque, o crescimento de Eduardo Campos, o estacionamento de Dilma em torno de 40% e o pouco rendimento de Aécio Neves, que ficou em 14%, só vem reforçar a ideia de que a sociedade se cansou da polarização da disputa em torno do PT/PSDB. "Nós somos o novo. Nossa candidatura terá uma caminhada muito forte. Tudo demonstra que a aliança com Marina foi o caminho certo".
Já o senador tucano Alvaro Dias (PR) falou que o resultado da pesquisa Ibope confirmou previsão que fez logo que Marina Silva aderiu a Eduardo Campos. "Foi uma péssima estratégia para a oposição. Com ela, tínhamos a garantia do segundo turno. Com a saída dela, perdemos uma candidatura competitiva. Vamos ter de reavaliar nossa estratégia de luta contra o governo do PT", disse ele.