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Serra diz que governo não sabe fazer concessõesTucano diz que 'fila anda' ao falar da candidatura Serra à PresidênciaAécio retoma tese 'puro-sangue' para chapa tucana, mas Serra rejeita viceSerra faz cruzada espartana por candidatura à presidência em 2014Movimentação de Serra visa atacar o PT, dizem serristasSerra ajuda a aproximar PPS de CamposApesar de criticar a antecipação do processo eleitoral, o tucano não poupou o governo federal e o PT de críticas. "A questão eleitoral começou cedo demais no Brasil e isso não foi bom nem para o governo", avalia. "A (presidente) Dilma (Rousseff) passou dois anos perplexa com a herança que recebeu do governo (do ex-presidente) Lula, do qual ela participou, e passou dois anos mais, agora, fazendo campanha. Governar, que é bom, não aconteceu. Não foi bom para o País e nem para eles, porque botou todo mundo em evidência e aí tudo é julgado em função da eleição."
O ex-governador também afirmou que o PT se transformou em um "partido tradicional". "O PT posa de esquerda, mas é só pose, é um partido tradicional", disse. "Sua diferença com os outros é que ele é corporativo. Não tem utopia nenhuma de sociedade, de desenvolvimento, de igualdade, de nada, mas tem a organização. É um partido que quer se apropriar do poder, tratar o governo como se fosse uma propriedade privada."
Para Serra, "a oposição não deveria ter entrado" no jogo eleitoral. "É tudo muito prematuro - e uma das consequências foi essa surpresa do fenômeno de juntar a futura Rede, da Marina Silva, com o PSB, do (governador) Eduardo Campos", argumentou. "Começar tão antes (o processo eleitoral) prejudica o Brasil. E a própria oposição também fica desnorteada, porque fica na correria em todos os lugares para definir (os candidatos)."
O tucano afirma que seu partido ainda não decidiu qual será o candidato e não esconde a esperança. "No PSDB, vamos tomar essa decisão a partir de março e qualquer especulação maior daqui até lá não leva a lugar nenhum", disse. "Ninguém se inscreveu como pré-candidato. O improvável acontece. O improvável não é impossível."
Pesquisa
Serra também comentou a pesquisa Ibope divulgada na tarde desta quinta-feira, 24, na qual aparece com mais intenções de votos que seu colega de partido, o senador mineiro Aécio Neves, nos cenários apresentados. "A pesquisa segue as outras. Quando estão meu nome e o da Marina, estamos no mesmo nível. Quando entram os outros candidatos (Aécio e Campos), que nunca disputaram, estão abaixo, o que é normal. Ainda tem muita coisa para acontecer."
Para o ex-governador paulista, o fato de ele ser conhecido no País é um capital político do PSDB. "Meu grau de conhecimento junto à população é o mais alto depois do Lula e da Dilma no País, minhas opiniões são ouvidas, levadas em conta", argumentou. "Tudo o que eu possa fazer só fortalece o PSDB, nossa posição do ponto de vista da presença junto à população e, futuramente, do ponto de vista do debate eleitoral."
Ele negou, porém, que as viagens que vem fazendo possam ser interpretadas como campanha. "Estou fazendo a mesma coisa que fiz sempre, tenho feito palestras pelo País", disse. "Mas como houve essa antecipação absurda da disputa eleitoral, feita pelo PT, pelo Lula particularmente, elas adquirem outra conotação diante da imprensa, mas não tem nada de mais."