São Paulo - A presidente Dilma Rousseff reforçou, nesta sexta-feira, durante anúncio, no Palácio dos Bandeirantes, de investimentos de R$ 5,4 bilhões em recursos do PAC da Mobilidade, que não é possível executar os pactos propostos pelo governo sem estabilidade fiscal e o controle da inflação.
A presidente citou também, além desse pacto político-econômico, os outros pela mobilidade urbana e ainda o da saúde, como o programa Mais Médicos. "Demos passos decisivos com a aprovação da lei dos Mais Médicos e até o final deste mês teremos mais de 3.800 (médicos) entre brasileiros e os formados no exterior", disse, prevendo que até o final do ano metade da meta de 13 mil médicos será cumprida pelo programa. "Demos grandes passos ainda com a aprovação de 75% de royalties do pré-sal para a educação", concluiu.
Defesa do pré-sal
Como tem feito desde segunda-feira, Dilma voltou a defender durante a solenidade o modelo de partilha do petróleo do Pré-Sal, mas foi mais enfática no apoio às companhias chinesas CNOOC E CNPC, que venceram o leilão do campo de Libra, juntamente com Shell, Total e Petrobras. "É extrema tolice considerar prejuízo com empresa chinesa de petróleo. É xenofobia ser contra participação de empresas internacionais no Pré-Sal", disse ela.
Lembrou que a China é um dos maiores importadores de petróleo, que as duas companhias estão entre as maiores produtoras do planeta e arrematou: "pensar diferente é ingenuidade e prefiro ingenuidade a xenofobia, porque a ingenuidade tem cura", afirmou, lembrando do uso dos recursos do Pré-Sal na Educação. "Para termos um País rico, é necessário usar o petróleo para garantir acesso à educação", disse a presidente.
Na defesa pelo modelo de partilha, Dilma citou também que na concessão "não se sabe onde está o petróleo" e que há 20% de garantia de sucesso. "No modelo de partilha eu sei onde está o petróleo e no de concessão não sei nem qual a qualidade do petróleo", afirmou ela. A presidente lembrou que o petróleo do campo de Libra é leve, sem enxofre, e, portanto, de alta qualidade.
Antes do final do discurso, Dilma votou a cobrar a reforma política com a redução da corrupção, avaliou que as obras previstas trarão maior rapidez e concluiu. "É fundamental que o Brasil trate questão dos investimentos com seriedade."