Jornal Estado de Minas

Candidatura de Dilma é 'frágil', diz oposição na Câmara

Pesquisa divulgada nessa quinta-feira mostrou que Dilma se reelegeria no primeiro turno em três de quatro quadros

Agência Estado
Deputados da oposição na Câmara afirmaram ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, não terem dúvidas de que o pleito no ano que vem será decidido em duas etapas e classificaram a candidatura da petista de "frágil". Ao comentar o resultado da pesquisa Ibope feita em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo, o deputado Duarte Nogueira, presidente do diretório do PSDB em São Paulo, afirmou que "há um sentimento de mudança na população". Já o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), disse que o levantamento traz "um nível de intenção de voto muito modesto para uma candidata à reeleição".
O levantamento divulgado nessa quinta-feira mostrou que Dilma se reelegeria no primeiro turno em três de quatro quadros. Naquele tido hoje como mais provável, no qual figuram como concorrentes o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), Dilma aparece com 41% das intenções de voto, 17 pontos percentuais a mais do que a soma de seus dois adversários. A única opção em que a pontuação de Dilma (39%) não supera a dos concorrentes, condição necessária para vencer no primeiro turno, é aquele com a ex-senadora Marina Silva (21%) e com o ex-governador de São Paulo José Serra (16%).

Duarte Nogueira argumenta que o resultado se deve a uma superexposição abusiva da presidenta da República e acredita que o ganho progressivo de visibilidade dos candidatos de oposição trará um equilíbrio com a proximidade com embate eleitoral. "Ela presidente já foi à rede nacional (de rádio e televisão) 16 vezes", criticou. "Tem uma concentração de exposição e haverá um equilíbrio", disse, acrescentando que ainda é muito cedo para considerar o retratado pela pesquisa como algo próximo do que será o pleito de 2014.

Já o presidente nacional do PPS considerou que o desempenho da presidente é "frágil". Ele também comentou os níveis de aprovação do governo Dilma, de 38%, praticamente estáveis na comparação com setembro. "Governo com essa avaliação e uma candidata com essa intenção de votos é uma candidatura frágil", afirmou. Outro ponto destacado por Freire foi o desempenho do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o nome do PSB para disputar o Planalto. "Tem que se levar em consideração o crescimento de quase 150% do Eduardo Campos", disse. "E com um nível ainda muito alto de desconhecimento". Para Freire, os números "consolidam" a candidatura do pessebista. "Atribuo (o crescimento) à Marina, claro. Mas também ao potencial do Eduardo, porque a transferência não ocorre se não for para um bom candidato".