Jornal Estado de Minas

Liminar afasta secretário de Governo de Ouro Preto

Wanderlei Rossi Júnior foi condenado pela Justiça Eleitoral por não prestar contas da eleição do ano passado, quando concorreu ao cardo de vereador

Marcelo Ernesto - Enviado especial a Curitiba
O Ministério Público de Minas Gerais conseguiu liminar para afastar o secretário de Governo de Ouro Preto, Wanderlei Rossi Júnior, conhecido como Kuruzu. De acordo com o MP - que propôs uma Ação Civil Pública contra a Prefeitura de Ouro Preto por causa da nomeação -, Wanderley não poderia ocupar o cargo, já que não prestou contas dos gastos na campanha do ano passado, quando concorreu ao cargo de vereador e foi condenado pela Justiça Eleitoral. O secretário foi nomeado pelo atual prefeito, José Leandro Filho (PSDB). O município fica na Região Central de Minas Gerais.
O Ministério Público já havia recomendado ao prefeito o afastamento do secretário, o que ocorreu no dia 08 de agosto com a publicação da exoneração. A medida foi acatada, mas Wanderlei só ficou fora da administração por apenas quatro dias, quando foi reconduzido ao posto.

A juíza da 2ª Vara de Justiça de Ouro Preto, Letícia Drumond, argumentou na liminar que a nomeação fere os princípios da legalidade. “A nomeação realizada sem a observância dos requisitos para provimento em cargo ou emprego público lesa o patrimônio público e social, bem como fere os princípios da legalidade, moralidade e eficiência norteadores da atuação da administração pública”, afirmou.

Já Wanderlei afirmou que os advogados do município já estão trabalhando para cassar a liminar. Ele confirmou que não prestou conta nas últimas eleições e que, por isso, não pode disputar eleições. Apesar disso, o secretário afastado alega que a equipe jurídica está confiante na reversão da situação. "De acordo com os advogados eu não posso exercer cargo político, mas poderia exercer cargo de agente político, os nossos advogados estão tranqüilos em relação a isso”, disse.