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Falcão diz que é um dos mais atuantes da AlespNova chance não muda 'julgamento político' do mensalão, diz FalcãoFalcão diz que PT mantém opinião sobre processo do mensalãoPT faz último debate para escolher presidente da sigla"Às vezes dá a impressão de que somos oposição ao nosso governo", afirmou Falcão, que acabou aplaudido. "Devemos defender o governo da presidenta Dilma e manter a aliança com o PMDB e com os outros partidos da coligação. Qual é a política de alianças que se põe no lugar dessa? "
Revoltados, petistas se queixaram de Temer, do senador José Sarney, do governador do Rio, Sérgio Cabral, e do vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filippelli, todos do PMDB. "Eu não concordo com essa proposta de retirar Filippelli da chapa do governador Agnelo Queiroz (PT)", insistiu Falcão, que é favorito na disputa, com o apoio da corrente Construindo um novo Brasil (CNB), majoritária no PT.
Para o deputado Paulo Teixeira (SP), candidato do grupo "Mensagem ao Partido", é preciso fazer um "adensamento à esquerda" em eventual segundo mandato de Dilma e de outros governos petistas. "Eu não sou daqueles que quer isolar o PT, mas também não podemos dissolver o partido nas alianças", reagiu Teixeira. "O vice-presidente da República é um sabotador e agiu contra o plebiscito da reforma política", esbravejou Markus Sokol, candidato de "O Trabalho". "Agora vão de novo se agarrar ao órgão do PMDB para não deixar a coalizão naufragar?"
No auditório cheio de cartazes contra o leilão do pré-sal de Libra, o clima era de encontro estudantil, com torcidas organizadas, aplausos e vaias. A eleição que renovará o comando do PT está marcada para 10 de novembro, em todo o País, com voto dos filiados.
"Dilma privatizou rodovias, portos, aeroportos, o pré-sal e diz que não foi privatização. Não foi? Chamaram a Shell, a Total e as estatais chinesas para morder o nosso petróleo. É um processo de pilhagem", protestou Serge Goulart, candidato da "Esquerda Marxista", que defendeu a reestatização de todas as empresas privatizadas. "Você concorda em estatizar a livraria que você tem na rua Tabatinguera, em São Paulo?", provocou Falcão, dirigindo-se ao colega, longe do microfone, com um sorriso irônico.
Piloto automático
Secretário de Movimentos Populares do PT, o deputado Renato Simões disse que a eleição de Dilma corre risco se o partido não sair do "piloto automático" na campanha. "Vivemos turbulências em junho e julho, o avião deu solavancos, subiu, desceu, agora a bonança voltou e acham que o piloto automático vai nos levar ao céu em 2014. Não será assim. Há uma crise internacional e o governo Dilma é de instabilidade econômica", afirmou Simões, que concorre pela corrente "Militância Socialista".
Na avaliação de Valter Pomar, candidato da "Articulação de Esquerda", o PT precisa mudar de tática para a eleição presidencial. "Não basta estabelecer como objetivo reeleger Dilma. É necessário criar condições para que o segundo mandato dela seja melhor do que o primeiro, assim como fizemos com Lula", comentou.
Embora a última pesquisa Ibope, realizada em parceria com o Estado, tenha indicado que Dilma venceria a disputa no primeiro turno, se a eleição fosse hoje, Pomar preferiu a cautela. "Não nos iludamos com pesquisas. A campanha de 2014 vai ser duríssima", previu ele. Foi ovacionado.