Se a redução da passagem de ônibus foi comemorada pelos belo-horizontinos como
A prefeitura, no entanto, não informou uma previsão sobre os próximos passos para que o grupo comece suas atividades e até mesmo os órgãos municipais ligados ao setor não definiram suas indicações. A BHTrans informou por meio de sua assessoria de imprensa que sua indicação será feita quando o conselho for criado efetivamente. Ao publicar o decreto, o prefeito afirmou que a primeira atividade do grupo será examinar os números da auditoria sobre transporte público na capital que começou a ser feita pela PBH em abril.
Para André Velloso, integrante do grupo de trabalho da Assembleia Popular que discute o tema da mobilidade urbana em BH, falta transparência para definir como o conselho vai funcionar na prática. “Ainda não sabemos ao certo quando começa o processo para a participação popular. Falaram que no início de novembro seriam organizados os representantes nas regionais, mas nada foi divulgado”, cobra Velloso. Segundo ele, outra preocupação do grupo é sobre como esse grupo vai atuar: “Se for criado um conselho apenas consultivo, vamos continuar sem a participação das pessoas. Seria apenas uma ilusão de que há diálogo. É preciso ter na cidade um conselho com influência e fiscalização, para atrair o interesse das pessoas”, afirma.
SEM PRESSA
As capitais de Goiás e Mato Grosso do Sul também não têm canais oficiais para discutir as questões de mobilidade. A Prefeitura de Goiânia analisa desde junho a criação do grupo, mas ainda falta definir se o conselho será consultivo, deliberativo ou fiscalizador. O grupo não tem data para ser formado. Em Campo Grande, a diretora da Agência Municipal de Transporte, Kátia Morais Castilho, admitiu a importância dos conselhos como instrumento de diálogo com os usuários e trabalhadores do setor e informou que estão sendo feitos estudos preliminares para a criação do conselho. No entanto, ele não deve sair do papel este ano.