O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou, nesse domingo, que a lei deveria ser mais rígida com quem agride policiais. “Precisamos aperfeiçoar a legislação. Quem agride policial, que é um agente do Estado e está ali para trabalhar e defender a sociedade, deve ter a pena agravada. É inadmissível isso.”
Alckmin reafirmou que uma ampla investigação está sendo realizada pela Polícia Civil para identificar pessoas que se infiltram nas manifestações para agredir e depredar o patrimônio público e privado. “A investigação já está em curso há semanas. Vários desses líderes já foram identificados. São infiltrados que agem de maneira muito rápida, geralmente no meio ou no fim das manifestações. Isso que está sendo feito é vandalismo, é crime”, disse.
O prefeito Fernando Haddad também condenou o ataque. “A cidade tem muito a agradecer ao coronel Reynaldo Simões pelo que tem feito para tentar garantir o direito à liberdade de expressão. Ele foi covardemente atacado, as cenas não deixam dúvidas. Nós precisamos dar uma resposta e punir os responsáveis exemplarmente para que isso não volte a acontecer”, afirmou. Haddad disse ainda que não se pode admitir violência nem dos manifestantes nem dos policiais. “Não se admite a violência de parte a parte.”
Crimes contra policiais
Atualmente, o Senado avalia um projeto que amplia a pena em casos de assassinato de agentes das Polícias Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar. Eles passariam ainda a ser considerados crimes hediondos. Dessa forma, os acusados teriam de ficar em regime fechado, sem direito a benefícios.
O autor da proposta, senador Ciro Nogueira (PP-PI), alega que o País enfrentou em 2012 “uma onda de violência contra agentes do Estado”, que resultou em 229 assassinatos de policiais civis e militares - 79% deles de folga. Enquete do DataSenado e da Agência Senado aponta que três em cada quatro internautas apoiam a proposta.