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Aliança de Marina e Eduardo Campos joga PDT para DilmaEduardo Campos afirma que poderá ajudar Dilma sempre que for necessárioCampos e Marina discutirão em SP campanha eleitoralMe autointitulo candidato do agronegócio, diz AécioInfluenciado por Marina, Eduardo Campos adota discurso da sustentabilidadeLula cobrará reforma política no CongressoEduardo Campos defende composição do governo de Pernambuco Ganhamos 2013, diz Campos a militantes do PSB-RedeCampos esteve na casa do ex-ministro na noite de sexta-feira, 25, em São Paulo. Foi ouvir as demandas e tentar evitar que o agronegócio se afaste de sua candidatura. Após se filiar ao PSB, Marina criticou o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (DEM-GO), um dos principais articuladores da bancada ruralista e até então apoiador dos planos de Campos. O parlamentar desistiu da aliança depois das críticas da ex-ministra.
Sutilmente, Campos tocou no assunto sobre apoio político e o produtor rural se explicou: “Eu disse a ele que a definição sobre quem é o cabeça de chapa tem que acontecer antes de decidirmos sobre apoio”. Para não se comprometer agora com este ou aquele partido, Rodrigues contou ainda que, com cuidado e transparência, avisou ao colega: “Quem quiser me ouvir para saber o que penso sobre as políticas públicas necessárias ao setor eu vou falar. Pode ser a (petista) Dilma (Rousseff), o (tucano) Aécio (Neves), ou o ‘Geraldo das Couves’”.
Na visão de Campos, o ex-titular da Agricultura poderia servir como um primeiro canal para tentar romper a resistência dos produtores rurais ao nome de Marina, que aumentou depois do veto a Caiado. Quando ministro, Rodrigues protagonizou embates diretos com Marina, que estava no Meio Ambiente. Sete anos depois, ela passou a elogiar o colega publicamente e costuma apontá-lo como uma pessoa com quem é possível conversar sobre sustentabilidade.
Conversas
Para mostrar que não é inimiga do agronegócio, Marina tem mantido contato com interlocutores do setor que considera mais ligados aos temas verdes. Entre os nomes com os quais conversa está Marcos Jank, que até o ano passado era presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), e Roberto Waack, da Amata, empresa que explora áreas da Amazônia de maneira sustentável.
Jank, que atualmente está na BRF, também afirma que o diálogo não significa apoio eleitoral, mas que tem sentido o grupo da ex-ministra aberto a discutir ideias vindas do setor. Waack, por sua vez, defende que não há nada de “radical” no discurso de Marina: “Nós estamos falando de uma forma mais racional do uso da terra, que é desejada por grandes marcas do agronegócio”.
Marina tem dito que há “agronegócios no plural” e defendido que o importante para o País é investir no aumento da produtividade, e não na expansão da área agrícola. Colaborou Isadora Perón.