Na abertura do primeiro encontro entre integrantes do PSB e da Rede Sustentabilidade, nesta segunda-feira, 28, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, afirmou que a aliança com a ex-ministra Marina Silva fez os partidos "ganharem 2013" e vai permitir "vencer o debate de 2014".
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Ganhamos 2013, diz Campos a militantes do PSB-RedePelo agronegócio, Campos procura ex-ministro de LulaAliança de Marina e Eduardo Campos joga PDT para DilmaCampos vai à Europa se apresentar como presidenciávelInfluenciado por Marina, Eduardo Campos adota discurso da sustentabilidadeMarcos Palmeira se filia ao PSB e pode ser candidatoEduardo Campos defende composição do governo de PernambucoAs falas de Campos e Marina destacaram os três eixos que irão pautar a discussão: a preservação de conquistas econômicas e sociais, a necessidade de novas práticas na política e de um olhar mais atento ao desenvolvimento sustentável. Os cerca de 150 participantes serão divididos em grupos para debater essas ideias.
A ex-ministra defendeu que os avanços do País não podem ser "fulanizados", por mais que a estabilidade econômica tenha sido alcançada durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e os avanços na área social sejam fruto das iniciativas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Esses ganhos já não podem mais ser fulanizados, para evitar uma institucionalização predatória das conquistas da sociedade."
Na mesma linha, Campos afirmou que é preciso agir porque, segundo ele, as conquistas dos governos anteriores correm o risco de serem perdidas. Para o governador, chegou o momento de iniciar um novo ciclo e colocar em prática a nova política reclamada nas ruas pela população.
" Compromisso em preservar as conquistas que o Brasil fez. Temos clareza que não podemos jogar fora as conquistas que tivemos e destacamos isso porque temos a clara percepção de que se não cuidarmos dessas conquistas e se não tivermos uma ação estratégica, essas conquistas correm risco", afirmou.
Diferenças
Ciente das diferenças ideológicas entre as duas legendas, Marina pediu para que o grupo fizesse, durante o evento, "o exercício da escuta interessada". "Só é possível estabelecer a troca na diferença", afirmou. Apoiadores da Rede chegaram a deixar o projeto depois da filiação de Marina ao PSB, em 5 de outubro. Do outro lado, socialistas reclamam das dificuldades de colocar em prática projetos que já estavam em curso antes da aliança da Rede.
"Vamos criar espaço de heteroestima. Não vamos desconstruir as trajetórias de ninguém. A de vocês de 70 anos, a nossa de 7 meses. Vamos criar, nesse espaço entre nós, a ideia de uma nova política", disse Marina.
Apesar das divergências, Campos fez questão de afirmar que os que torcem contra o sucesso da aliança irão se decepcionar. "Se acham que vão me jogar contra a Marina, ou a Marina contra mim, ou que militantes vão disputar, estão completamente errados. Não estamos nesse jogo", disse.
Segundo ele, se Marina quisesse ter um partido para ser candidata, ela não teria entrado no PSB, assim como se o PSB quisesse ter apenas uma opção de candidato, não teria feito o acordo com a Rede.