Brasília - Cortejado por integrantes da cúpula do PSDB e do PSB, o PPS pode definir um futuro apoio em torno de um dos pré-candidatos de oposição à presidência da República no próximo mês de dezembro. O palco para o debate será o Congresso Nacional do partido, previsto para ocorrer entre os dias 6 e 9 de dezembro.
"Vamos debater no Congresso que, a princípio, é o fórum mais apropriado. Ainda há divisões no partido" disse o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP). "A indicação deverá sair em dezembro. Hoje não há nenhuma tese favorita", emendou o secretário-geral do PPS e líder do partido na Câmara, Rubens Bueno (PR).
Na última sexta-feira, Freire almoçou com Eduardo Campos em São Paulo, ocasião que, segundo ele, não teriam fechado nenhum acordo. O dirigente, entretanto, confirmou que a pauta do encontro foi o "cenário eleitoral de 2014".
A princípio, o PPS sonhava com uma candidatura própria do ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) que rejeitou o convite de ingressar na legenda. Após a Rede ter o registro rejeitado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o partido tentou se aproximar da ex-senadora Marina Silva, que decidiu se aliar a Campos. Segundo Freire, apesar da negativa de Marina, não ficou nenhum ressentimento do episódio.
Bem-vindos
De olho nos cerca de 20 segundos que o PPS pode agregar ao programa nacional de rádio e TV de Eduardo Campos na disputa de 2014, integrantes da cúpula do PSB consideram a aliança entre os dois partidos como "bem-vinda".
"O PPS é um partido que tem afinidade conosco. As duas direções se relacionam muito bem", disse o primeiro secretário nacional do PSB, Carlos Roberto Siqueira de Barros.