Leia Mais
Governos federal, de MG, do RJ, e de SP montam estratégia contra protestos violentosAção integrada em Minas para combater protestos violentosGoverno decide que Black blocs serão monitorados
De acordo com o ministro, o governo está “preocupadíssimo” desde que as manifestações, que se iniciaram em junho, começaram a contar com a participação de grupos que defendem a violência como forma de protesto. “Não basta criminalizar essa juventude. Precisamos entender até que ponto a cultura de violência já vivida na periferia já emigrou para esse tipo de ação”, afirmou.
Carvalho disse também que a sociedade está refém do movimento e, por isso, se afastou das ruas com medo da violência dos black blocs. Para o ministro, o esvaziamento das ruas e ação de grupos extremistas acende o sinal de alerta para a atuação do governo. “O Estado não pode permitir a violência. O que nós queremos é impedir a violência e, ao mesmo tempo, ir à raiz do problema para entender essa questão e tomar medidas que resolvam”, alegou.
Toque de recolher
Depois dos atos de violência e vandalismo, o medo tomou conta da população na Zona Norte da capital paulista. Durante toda a tarde, as ruas ficaram desertas. Linhas de ônibus mudaram o itinerário para evitar a região e o comércio fechou as portas mais cedo, após ordens de toque de recolher. O assassinato de um jovem por um policial militar ontem de manhã, na periferia de São Paulo, também gerou revolta e protesto. No Bairro Parque Novo Mundo, a população incendiou um caminhão e bloqueou durante parte do dia a Avenida Tenente Amaro Felicíssimo da Silveira. O grupo de cerca de 150 pessoas tentou parar a Marginal Tietê, mas sem sucesso. Segundo a Polícia Militar, um soldado se perdeu no bairro e sofreu a abordagem de criminosos, que anunciaram um assalto. O policial atirou ao revidar a um disparo e matou o adolescente.