Acostumados com o tradicional traje terno e gravata, deputados, servidores e visitantes do Congresso Nacional encontram, desde essa terça-feira, jovens com roupas e linguajar descolados ao entrarem pela entrada principal do edifício. Até a sexta-feira, um grupo de 50 hackers participará, no Salão Branco, da maratona promovida pela Câmara, que oferece prêmios de R$ 5 mil para quem apresentar as melhores propostas. A premiação será paga pelo Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis).
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Hackers participam de maratona para criar programas de controle da CâmaraHackers são chamados para "controlar os passos" de deputados federaisProgramador desenvolve site para acompanhar uso da verba parlamentar em MinasTermina assessoria de hackers na Câmara dos DeputadosPedro Marcun, 27 anos, é um dos participantes da maratona e um dos responsáveis por organizar o chamado Hackday da Transparência, data em que amigos se reúnem para passar o tempo desenvolvendo programas. Ele lembra que é preciso entender como funciona a política antes de desenvolver programas no âmbito do Legislativo. “Fazemos aplicativos para facilitar a vida do cidadão. Estamos aqui com esse objetivo”, afirma.
O rapaz critica algumas barreiras que impedem o livre acesso do usuário a informações, como a exigência de preenchimento de dados para chegar ao salário dos servidores da Câmara e do Senado. “Isso é uma meia transparência. É uma manobra que arrumaram para dificultar pesquisas.”