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Agentes da prefeitura de São Paulo são presos suspeitos de desviar R$ 200 milhõesLula negocia saída de Kassab da corrida pelo governo de São Paulo em 2014Kassab afirma que dará palanque a Dilma em SPO descontentamento do partido com o PT pode ter reflexos também nas relações com o governo federal, no momento em que tanto Dilma Rousseff quanto Lula tentam arregimentar o máximo de partidos para a aliança que buscará a reeleição da presidente da República. O Palácio do Planalto informou que não comentaria uma operação da Prefeitura, mas assessores de Dilma disseram que esperam ter o partido de Kassab na frente pela reeleição.
Oficialmente, o PSD já não integra a base aliada, pois o ex-prefeito decidiu que quaisquer negociações nesse sentido deveriam ocorrer só em 2014. Agora, porém, de acordo com líderes partidários, não haverá como esquecer facilmente das sequelas também no plano federal.
A direção informou que o partido não se sente atingido pela operação, porque os servidores eram todos de carreira. E um deles - Ronilson Bezerra Rodrigues - ganhou uma função de confiança na São Paulo Transporte (SPTrans) na gestão Haddad. Mas o descontentamento foi geral com a forma como as investigações ocorreram. Kassab não foi informado de nada. E as investigações, de acordo com políticos do PSD, deixaram claro que o alvo foi a administração dele.
O PSD procurou fazer a defesa de Kassab durante todo o dia. Integrante da Executiva e ex-líder na Câmara, o deputado Guilherme Campos (SP) disse que as investigações sobre a cobrança de propina para liberar empreendimentos imobiliários na capital começaram durante a gestão de Gilberto Kassab e se prolongaram pela atual. “Todos os servidores são de carreira. Não há nenhuma indicação política.”
Em São Paulo
A divulgação de um escândalo envolvendo a gestão Kassab cerca de oito horas após a aprovação definitiva do IPTU também não foi considerada uma simples coincidência por vereadores do PSD. Durante a votação, 7 dos 8 parlamentares da sigla foram contra a proposta de Haddad.
“Considero, sim, como represália. A operação já estava em andamento, é claro, mas a data da divulgação foi, no mínimo, muito bem planejada”, disse um deles. O bloco, no entanto, afirmou que vai “continuar votando de forma independente”.
Para representantes do PT na Câmara, porém, a tentativa de relacionar os fatos é absurda. “Como poderíamos organizar toda uma operação da noite para o dia? Isso não existe”, afirmou Alfredinho.