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Empreiteira da Máfia do Asfalto fez doação a deputadoPlanilha da Máfia do Asfalto indica propinas a políticosJustiça reduz em 85% fiança da Máfia do AsfaltoParlamentares negam elo com 'máfia do asfalto'Uma planilha do empreiteiro Olívio Scamatti, controlador do grupo Demop, sugere pagamentos a uma série de parlamentares. O nome de Chinaglia é citado como beneficiário de R$ 40 mil pagos em dezembro de 2011. A reportagem tentou contato nesta sexta-feira, 01, mas não houve retorno. Antes, o deputado tinha classificado a acusação como "vigorosa mentira" e cobrado do Ministério Público uma apuração rigorosa.
Assim como Chinaglia, o ex-líder do governo Cândido Vaccarezza (PT-SP) aparece na lista. Ele é tido como o maior beneficiário, tendo supostamente recebido R$ 355 mil entre janeiro de 2011 e junho de 2012 em 16 repasses. Ele nega ter recebido qualquer quantia.
"Nunca recebi um tostão do Olívio", afirmou Vaccarezza. "Eu nunca na minha vida negociei nenhuma emenda, nem com Olívio, nem com ninguém", continuou. "Não sou amigo dele. Encontrei com o Olívio em toda a minha vida umas cinco vezes no máximo", complementou.
Vaccarezza afirma que dois assessores que aparecem na investigação como próximos do empreiteiro foram demitidos em 2010 e 2011, mas por razões administrativas. Diz não saber se o grupo Demop fez a execução de alguma de suas emendas porque faz a destinação de recursos para prefeituras, que são as responsáveis por fazer a licitação e tocar as obras.
A chamada Máfia do Asfalto foi desmontada pela Operação Fratelli, deflagrada em abril. Scamatti, preso desde então, é apontado como líder do grupo que agia na intenção de direcionar licitações de prefeituras para realizar obras de pavimentação e recapeamento asfáltico. Parte dos recursos aplicados decorriam de emendas parlamentares.