A Caixa Econômica Federal (CEF) enviou ontem para Uberlândia engenheiros do seu setor de habitação para vistoriar as casas do conjunto habitacional Shopping Park, empreendimento de R$ 144 milhões, financiado pela instituição com recursos do programa Minha casa, minha vida. Reportagem do Estado de Minas revelou ontem diversos problemas no conjunto, que abriga 3.632 famílias de baixa renda, como paredes incompletas, casas sem laje e com piso de cimento, quintal com terreno desnivelado e sem muro de arrimo e instalações elétricas com material de baixa qualidade. Quatro casas do conjunto já pegaram fogo e os relatos de pequenos incêndios na parte elétrica das residências são frequentes entre os moradores. O Corpo de Bombeiros investiga os motivos dos incêndios, mas o laudo ainda não foi concluído. Algumas casas também foram entregues faltando portas, vaso e outros equipamentos.
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Ex-prefeito de Uberlândia diz que informou defeitos em casas do programa federalRelatos de um drama diário de quem se valeu do Minha casa, minha vidaSonho da casa própria vira risco de vida no Triângulo MineiroGoverno quer contratar mais 700 mil moradias no Minha Casa, Minha Vida até 2014O dirigente informou ainda que a partir de segunda-feira uma unidade móvel da Caixa vai percorrer as ruas do conjunto para receber queixas sobre problemas nas casas, orientar a população sobre formas alternativas de pagamento das prestações – muitos moradores reclamam da não entrega pelos Correios dos boletos com as prestações – e também para prestar informações sobre deveres e direitos dos mutuários. “Somos radicais com as construtoras, principalmente com as que fazem casas para população de baixa renda. Ou elas arrumam os problemas ou estão fora de novos empreendimentos.” Segundo ele, 360 empresas já entraram no cadastro restritivo do banco por causa de irregularidades nas obras do Minha casa, minha vida. Ele disse que todas as casas receberam o habite-se da prefeitura e foram construídas seguindo os padrões técnicos em vigor. Sobre as casas sem portas e outros equipamentos, Duarte informou que algumas foram alvo de invasão antes da entrega e acabaram depredadas, mas que na segunda-feira começa a restauração de todas as unidades que ainda não foram reparadas.