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Rusga entre PT e PMDB deixa Anatel sem presidenteCom apoio de Lula, PMDB articula candidatura ao governo de Minas de filho de José AlencarPMDB reclama do PT em 10 estados devido às negociações regionaisPMDB quer disputar a Presidência em 2018, diz RauppO presidente do Senado justificou a iniciativa dizendo que o projeto fazia parte da sua plataforma de campanha para voltar ao comando do Congresso, em fevereiro. Mas, segundo aliados, o que Renan pretende é a apressar a nomeação do correligionário e senador Vital do Rêgo (PB) para o Ministério da Integração Nacional, cargo ocupado por um técnico interino afilhado político do governador do Ceará, Cid Gomes. Essa mudança irritou o PMDB, que desconfia que o ministério ficará na cota do PROS, novo partido de Cid. Outro objetivo seria forçar o apoio do Executivo seu filho, o deputado federal Renan Filho (PMDB-AL), para concorrer ao governo alagoano. O Planalto tem sinalizado que só quer apoiar o próprio Renan, primeiro colocado nas pesquisas, para a disputa. Se assim não for, ensaia fechar apoio ao senador Benedito de Lyra (PP-AL).
O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), é outro com uma pauta delicada para o Planalto. Ele, que deseja concorrer ao governo estadual, disse que não aceita votar somente o projeto de renegociação das dívidas de Estados e municípios com a União, como atualmente quer o Executivo. Ele já anunciou que pretende apresentar uma emenda para garantir a convalidação dos incentivos fiscais dados pelos governos estaduais, o que estava previsto no projeto original do Executivo enviado ao Congresso no início do ano.
Ao mesmo tempo, Eunício Oliveira busca o apoio do governo para consolidar sua candidatura, apesar de o Planalto ter incentivado a saída do grupo político da família Gomes, que trocou o PSB pelo PROS, e pode lançar para a disputa o ex-ministro dos Portos Leônidas Cristino.
Aliados de Eunício disse que ele espera uma definição para onde a balança do Planalto penderá em 2014. A avaliação já feita pelo líder peemedebista é que o projeto de renegociação das dívidas não traz benefícios para o Ceará, mas principalmente para a prefeitura de São Paulo. E que a convalidação manteria indústrias que receberam incentivos fiscais para atuar no seu estado, sem o risco de terem os benefícios anulados por eventual decisão do Supremo.