Jornal Estado de Minas

Chapa governista ganha apoio do PPS para eleições em 2014

PPS realiza encontro em Belo Horizonte e anuncia apoio ao lançamento do presidente da Assembleia Legislativa, Dinis Pinheiro (PP), como vice na chapa do PSDB ao governo dE Minas em 2014

Leonardo Augusto

Dinis Pnheiro (3º da esq. para a dir.) evitou comentar sua pré-candidatura a vice-governador na chapa do PSDB e afirmou: "O futuro não nos pertence" - Foto: Leandro Couri/EM/D.A Press
Com medo de ataques dos próprios aliados, o PPS anunciou nessa segunda-feira apoio ao lançamento do presidente da Assembleia Legislativa, Dinis Pinheiro (PP), como vice na chapa do PSDB ao governo do estado no ano que vem. Segundo integrante da cúpula do PPS, hoje é grande a pressão de representantes da maioria dos 15 partidos aliados dos tucanos na Assembleia Legislativa e que participam do governo Antonio Anastasia (PSDB) para que o pepista seja o escolhido para compor a chapa que deverá ser encabeçada pelo ex-ministro das Comunicações Pimenta da Veiga (PSDB).

A expectativa é de que com o recado do PPS, que tem três deputados estaduais, diminua a cobiça de partidos aliados pela candidatura a vice-governador. Entre as siglas da base aliada de Anastasia, depois do PSDB, que tem 15 deputados, e do PP – partido de Pinheiro –, que tem quatro, PV, PTB e PSD têm as maiores bancadas, com cinco parlamentares cada um.

O anúncio do apoio do PPS a Dinis Pinheiro foi feito durante almoço em Belo Horizonte. Segundo a presidente da legenda, deputada estadual Luzia Ferreira, o apoio à chapa do PSDB vai acontecer sem qualquer negociação para que o PPS assegure participação da chapa majoritária com a indicação de um nome da legenda para brigar pela do Senado. “Com isso, a afinidade política de projetos deixaria de existir em primeiro lugar”, justifica.

Em meio à homenagem, Dinis Pinheiro preferiu evitar que esteja garantido o lançamento de seu nome para ser o vice de Pimenta da Veiga. “A vida vai me levando. Quero honrar cada vez mais o exercício da vida pública. A gente conversa. O futuro não nos pertence”, argumentou.

Planalto

Apesar de toda a articulação, PP e PPS ainda não sabem como vão atuar na campanha do ano que vem. Tudo vai depender dos comandos nacionais dos partidos. Em relação à legenda de Dinis Pinheiro, a sigla comanda o Ministério das Cidades, uma das principais pastas do governo Dilma Rousseff (PT), fonte de recursos para obras de saneamento e habitação. Ao menos por enquanto não há qualquer sinal por parte da cúpula nacional do PP de que a sigla pretenda desembarcar do governo petista para apoiar a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB) ao Palácio do Planalto. O tucano é o responsável pela escolha de Pimenta da Veiga para a corrida ao Palácio da Liberdade.

Pelo lado do PPS, o presidente nacional do partido, deputado federal Roberto Freire (PE), que tem como aliado o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), tem dito que a legenda ainda não se decidiu entre apoiar a provável candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) ou a do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).