A pressão da bancada na Câmara para que o lançamento do senador Aécio Neves (MG) como pré-candidato oficial do PSDB à Presidência da República seja adiantado tem sido abafada pela cúpula tucana. Apesar de um grupo acreditar que a demora atrapalha a estratégia eleitoral da legenda, o entendimento é de que o anúncio pode esperar ao menos até 2014. O objetivo é evitar que a irritação do ex-governador de São Paulo José Serra prejudique os planos de Aécio. O próprio senador colocou panos quentes na odisseia travada por Serra em busca de apoio nos estados: “Deixe o Serra trabalhar em paz”, disse Aécio ontem.
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O líder da bancada, Carlos Sampaio (SP), no entanto, insiste que este mês é o prazo limite para que Aécio tenha o nome lançado pelo partido. Ele criticou as movimentações de Serra. "Se o nome do Aécio está consolidado nos 27 diretórios regionais e na direção do partido, por que esperar? Imaginamos que ele (Serra) ia percorrer o país para fortalecer o relacionamento de ambos para o anúncio do nome de Aécio em março, jamais que ele fosse permanecer no PSDB imaginando que fosse o candidato à Presidência", afirmou.
Em entrevista coletiva ontem, depois de falar a empresários do setor sucroenergético, Aécio colocou panos quentes na situação, mas sem descartar que o assunto se resolva antes do prazo definido: “Não acho necessária essa antecipação. Ela (a decisão) vai acontecer no tempo certo e não tem uma data prefixada. Se todos acharmos que pode, que deve ser antes, será antes. Mas a partir de um grande entendimento entre nós. Não há tensão na relação”.
Bernardinho
Em almoço com senadores do Bloco União e Força (PTB/PR/PSC/PRB), que recebeu na semana passada o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Aécio confirmou que o técnico da seleção masculina de vôlei, Bernardinho, será o candidato do PSDB no Rio de Janeiro. Segundo presentes, o senador teria dito que como no Rio está tudo muito embolado e dividido, com Bernardinho o PSDB poderia ter pelo menos 9% dos 13 milhões de votos do terceiro maior colégio eleitoral. Ele defendeu proposta do ex-presidente Fernando Henrique para formação de uma chapa puro-sangue Minas-São Paulo: Aécio presidente e o líder do partido no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP) vice. (Com agências)