Em 25 de janeiro, por exemplo, foram registrados 40 acidentes com 21 feridos. Naquele dia, a maca foi retirada do helicóptero porque a ministra precisava utilizar o Bell 407 para ir a Laguna e depois a Timbé do Sul (veja quadro). Durante toda a sexta-feira, o Bell 407 ficou impedido de participar de operações de salvamento. Dois meses depois, em 25 de março, o sistema da PRF contabilizou 39 acidentes, com 20 feridos e um morto. Ideli utilizou novamente a aeronave, desta vez para ir a Mafra.
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Polícia Rodoviária Federal deve explicar voos feitos por Ideli SalvattiIdeli é alvo de inquérito civil por uso de helicóptero da PRFComissão de Ética investiga voo de IdeliComissão de Ética da Presidência blinda Ideli após denúnciaO procurador da República Mário Sérgio Barbosa, um dos três responsáveis pelo inquérito civil público, afirmou que “os fatos trazem indícios graves e a investigação, agora, será aprofundada”. De acordo com ele, o MPF buscará o detalhamento de todos os acidentes ocorridos. “Vamos investigar se, quando esses acidentes ocorreram, era necessário o acionamento da aeronave para remoção dos feridos. Também estamos checando se outras autoridades utilizaram a aeronave com o mesmo propósito da Ideli. É o momento de aprofundar a investigação.”
RESPOSTA A Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República comunicou, na noite de ontem, que “não se manifesta sobre investigações em andamento”. A assessoria de imprensa da PRF informou que não poderia se posicionar sem ter acesso aos dados que constam no Inquérito Civil Público instaurado pelo MPF.
No mês passado, logo após a publicação da denúncia, a Secretaria de Relações Institucionais informou que o Bell 407 “é multifunção e, de acordo com o Decreto Presidencial 4.244/12, é reservado para transporte de autoridades, policiamento e missões de resgate”. A pasta comunicou ainda que “a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais fez uso dessa aeronave sempre em agendas oficiais, amparada pelo decreto presidencial já mencionado, de acordo com disponibilidade da aeronave e anuência da Polícia Rodoviária Federal”.