O presidente do Senado, Renan Calheiros, emprega em seu gabinete 12 filiados e ex-filiados ao seu partido em Alagoas. A lista de colaboradores inclui até um ex-vereador de Maceió cassado por compra de votos. Após os protestos de junho, o Senado aprovou resolução que proíbe a nomeação, para cargos em comissão, de condenados, em decisão transitada em julgado ou de órgão colegiado, por delitos previstos na Lei da Ficha Limpa. Além de ter de apresentar certidões negativas de órgãos, como a Justiça, o pretendente tem de declarar que não tem vínculo de parentesco com senador ou servidor.
A cassação foi por decisão unânime do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL). Nery recorreu, sem sucesso, ao Tribunal Superior Eleitoral. Segundo a resolução do Senado, é vedada a contratação de condenados por “corrupção eleitoral ou captação ilícita de sufrágio”.
“O Renan vinha numa tônica moralizadora em sua gestão e tem de rever a contratação”, disse ontem o coordenador jurídico do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) em Alagoas, Adriano Argolo.
Questionado sobre a situação do assessor, Renan informou, por sua assessoria, ter determinado a exoneração de Nery, ainda a ser publicada.