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Exumação de Jango é marcada para 13 de novembroMinistra diz que exumar os restos mortais de Jango "também é exumar a ditadura"Jango terá honras de Estado em processo de exumação"Hoje é dia de encontro do Brasil com a sua história", diz Dilma em BrasíliaRestos mortais de Jango serão recebidos com honras militares em BrasíliaApós 13h, peritos ainda fazem exumação de JangoUmidade em local do túmulo pode prejudicar exumação de JangoPeritos fazem nesta quarta exumação de João GoulartExumação do corpo do ex-presidente Jango está marcada para a próxima quarta-feiraTudo pronto para a exumação do corpo de João GoulartO texto assegura a participação da família do ex-presidente e acompanhamento de todos os atos, reuniões e procedimentos do grupo de trabalho, e afirma que todas as atividades de perícia contarão com a participação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), na condição de observador internacional. "O Grupo de Trabalho encerrará suas atividades após a entrega do laudo oficial conclusivo das atividades periciais à ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e à Comissão Nacional da Verdade", diz a portaria.
"Estamos em plenas condições de realizar este procedimento em busca da verdade do que ocorreu com o presidente João Goulart em 1976. Estamos preparados para o processo de exumação", afirmou a ministra Maria do Rosário na reunião de outubro. Os restos mortais de Jango serão encaminhados do Rio Grande do Sul para Brasília, para os trabalhos de análise técnica, com retorno a São Borja previsto para o começo de dezembro, respeitando a data da morte do ex-presidente.
Jango morreu na Argentina em 6 de dezembro de 1976. Ele vivia em Mercedes, província de Corrientes, que é vizinha ao Rio Grande do Sul, onde mantinha-se em exílio. Na ocasião, não foi realizada uma autópsia. O atestado de óbito cita somente o termo "enfermedad", ou seja, "doença", como motivo da morte. Com a exumação, o governo quer esclarecer se o ex-presidente morreu de causas naturais, ou seja, por problemas no coração - que tem sido a versão considerada oficial até hoje -, ou se foi vítima de envenenamento.
João Goulart foi presidente do Brasil entre 1961 e 1964, quando foi deposto com a chegada do regime militar. Em maio deste ano, a Comissão Nacional da Verdade acatou o pedido da família Goulart para realizar a exumação e reabrir a apuração do caso.