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Juiz suspeito de enriquecimento ilícito pode voltarLewandowski: juiz não deve viver 'em torre de marfim'Em setembro, por dez votos a quatro, o CNJ decidiu abrir processo administrativo disciplinar contra o juiz e afastá-lo para garantir a continuidade das investigações. No julgamento, o presidente do conselho, ministro Joaquim Barbosa, ressaltou a suspeita de que o magistrado teria dado tratamento especial ao caso. "Salta aos olhos o especial zelo do magistrado em relação a esse feito específico", afirmou o ministro.
Para Marco Aurélio, "a adoção de providência dessa envergadura (afastamento do magistrado) exige a constatação de quadro no qual a permanência do servidor em atividade represente uma ameaça ou obstáculo efetivo ao desdobramento da investigação". E acrescentou ainda: "Inexistindo menção à prática tendente a impedir ou dificultar a promoção de eventual responsabilidade administrativa, descabe implementar o ato acautelador, como ocorreu".
As investigações, que levaram à abertura do processo administrativo, foram comandadas pela então corregedora-geral de Justiça, Eliana Calmon.
Conforme o CNJ, o dono do escritório de advocacia que defende o frigorífico, Sandro Pissini, foi assessor de Nery da Costa Júnior no TRF entre 1999 e 2001 e os dois são sócios em uma fazenda.