O início da duplicação da BR-381, no trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares, depende de decisão a ser tomada pelo Conselho de Política Ambiental (Copam) de Minas Gerais. No dia 19, o órgão analisará pedido de licença feito pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para a obra. Somente com o documento a ordem de serviço será emitida pelo governo federal e a duplicação poderá começar.
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Duplicação da BR-381 segue no compasso da burocracia para sair do papelDnit encerra processo de licitação para obras na BR-381Ibama emperra duplicação da BR-381Duplicação da BR-381 deve injetar R$ 12 bilhões na economiaTráfego na BR-381 será desviado durante obras de duplicaçãoO Palácio do Planalto vem exercendo forte pressão para que a duplicação tenha início e quer dar a ordem de serviço até o final de novembro, segundo os representantes do Dnit. “A presidente Dilma Rousseff não quer vir assinar o documento e ver a obra começando três meses depois. Quer o início no dia seguinte. A presidente manda e a gente obedece. Principalmente pelo jeitão dela”, afirmou na reunião outro representante do Dnit. A presidente chegou a marcar para a última terça-feira viagem ao estado para assinar a ordem de serviço, mas a cerimônia foi cancelada.
Dos sete lotes que já podem ter a obra iniciada, o que está prestes a colocar o projeto em andamento é o que prevê a construção de túneis próximos ao Rio Piracicaba, no trecho entre o Ribeirão Prainha e o entroncamento com a MG-320, no acesso para Jaguaraçu. O consórcio vencedor da licitação para o lote, encabeçado pela empresa J.Dantas, já deu entrada no pedido de licenciamento de canteiro na Supram de Valadares. “Se a presidente quer fazer obras, nós também queremos”, afirmou o representante do consórcio na reunião.
Dos 322 quilômetros do trecho da 381 entre Belo Horizonte e Governador Valadares, resta licitar um total de 70,9 quilômetros, distribuídos em quatro lotes: dois ficam entre Belo Horizonte e o entroncamento da rodovia com a MG-435, do quilômetro 427 ao 445, e do 445 até o 458,4. Os outros dois são os que ficam entre o Ribeirão Prainha e o acesso sul de Nova Era (18,8 quilômetros), e desse ponto até João Monlevade (20,7 quilômetros).