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Defesa nega vínculo partidário de ex-diretor da CPTMEx-diretor da CPTM teria turbinado contratos do cartelEx-presidente da CPTM vira réu por improbidadeDoleiro diz que buscava dinheiro na CPTM com ex-diretorCarvalho diz que é preciso reanimar militância do PTAlckmin vai incluir mais nomes em pedido de reparaçãoPor falta de colaboração, os procuradores do país europeu chegaram a estudar a possibilidade de enviar emissários para o Brasil a fim de realizar as investigações. Mas o acordo de cooperação foi restabelecido no início deste mês. A Procuradoria-Geral da República no Brasil se comprometeu a ajudar e as primeiras trocas de documento já ocorreram nesta semana.
O Ministério Público Federal acredita que os depoimentos de Zaniboni, que é ex-diretor da CPTM, e de Teixeira, apresentado como consultor, poderão auxiliar nas investigações do cartel que estão em curso no País.
Desde 2011 a Suíça investiga os pagamentos feitos pela Alstom em mais de dez países, sempre na busca de contratos públicos. Em três países, os suíços conseguiram provar a corrupção e a Alstom teve de pagar multas milionárias.
No caso do Brasil, os procuradores suíços já em 2011 suspeitavam de depósitos em nome desses lobistas brasileiros.
Os investigadores suíços apontam que, em 21 de março de 2001, uma transferência de US$ 255,8 mil foi identificada em nome de Teixeira em sua conta Rockhouse 524373, no Credit Suisse de Zurique, envolvendo o amplo esquema de pagamentos de propinas da Alstom. Outras transferências com volumes parecido de dinheiro e ligados à Alstom também foram identificados pelos suíços envolvendo Teixeira.
A transferência seria uma indicação da rota do pagamento da propina. Parte do dinheiro, apontam os investigadores, foi parar na conta do ex-diretor da CPTM.
Os suíços obtiveram dezenas de documentos da multinacional depois de uma série de intervenções nos escritórios da empresa. A Alstom, na época, garantiu que cooperava com a investigação e que a empresa havia passado por uma ampla mudança de comportamento.
Junto com o pedido dos depoimentos, os suíços informaram que o caso do empresário Amaro Pinto Ramos, que era apontado como lobista do esquema, foi arquivado por falta de provas.