O ex-governador José Serra reafirmou nesta sexta-feira, 08, que o candidato que for eleito presidente em 2014 vai enfrentar sérios problemas. "O próximo presidente é que vai pagar o mico do que está acontecendo. Quem quer que seja eleito vai topar com o desequilíbrio externo da economia", afirmou, durante palestra à Juventude estadual do PSDB em São Paulo.
Nesta quinta-feira, 07, a CNT divulgou pesquisa e excluiu do cenário para 2014 o nome de Serra. Apesar de criticar a pesquisa Serra fez comentários a respeito da avaliação da presidente Dilma Rousseff no levantamento. "Quando se vê a aprovação da presidente, de 38%, para quem está com o pré-sal, espionagem e todo dia falando na mídia, é uma aprovação baixa", afirmou. "A situação deles não é confortável", avaliou.
Dominado
Serra afirmou que o Partido dos Trabalhadores tem uma característica de "hegemonia". "O PT tem característica hegemônica. Quer dominar tudo. Quem não pensa a mesma coisa, para eles, é adversário", disse, durante palestra.
Segundo Serra, essa característica petista é responsável por "prejudicar os debates eleitorais". "Hoje o debate ficou muito pobre", disse. O tucano criticou o uso do governo por parte do partido e afirmou que o fato de o PT ser um "partido de governo" também prejudica a qualidade do processo eleitoral. "Eles querem a qualquer preço se manter no governo." O ex-governador afirmou ainda que o PT é sem ideologia e "sem nenhum projeto para o Brasil". "O PT está se lixando para onde vai o Brasil no longo prazo", afirmou.
Oposição
Diante deste cenário que está posto, Serra disse ainda que o desafio da oposição "é encarnar a possibilidade de mudança". "Para isso, temos que ter unidade no partido. O partido tem que caminhar unido na campanha e saber formular uma estratégia acertada de mudança", disse.
Atualmente, o senador mineiro Aécio Neves é o possível candidato do PSDB para concorrer ao Planalto em 2014, mas ainda há rumores de que Serra esteja se movimentando para ter chances de concorrer ao posto. Ao pregar a aliança entre os tucanos, no entanto, o ex-governador fez questão de frisar que "é perfeitamente possível que isso aconteça".