Se politicamente os tucanos vão "empatar" com os petistas na defesa desta, que é uma das questões mais caras aos amazonenses, por outro lado, o novo discurso de Aécio ajuda a minimizar a rejeição do PSDB no Amazonas e a tentar livrar a legenda da pecha de defender apenas os interesses dos paulistas. Sempre que mencionado entre políticos locais, inclusive tucanos, o nome do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, provoca caretas. Isso porque ele defendeu, por muito tempo, a extinção dos privilégios oferecidos à região Norte, em uma briga fiscal para tornar São Paulo ainda mais competitivo industrialmente.
Para o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), "Alckmin sempre manteve um discurso provinciano focado no Estado dele. Quem pretende ser presidente do Brasil precisa adotar um discurso nacional, e é isso que o Aécio parece que está fazendo".
Além de defender a menor taxação, Aécio afirmou querer transformar o polo industrial do Amazonas em um centro exportador. Para o senador mineiro, trata-se, também, de uma forma de ajudar a preservar a floresta. "Não há nada mais antiambientalista que a pobreza".
TCU
Aécio também saiu em defesa do Tribunal de Contas da União e culpou a presidente Dilma Rousseff pela paralisação de obras no país. O tribunal recomendou nesta semana a paralisação de obras por suspeitas de corrupção.
"Não é por culpa do TCU que o Brasil se tornou um cemitério de obras inacabadas. É pela falta de planejamento e de capacidade de execução deste governo". Aécio citou a transposição do rio São Francisco, a ferrovia Transnordestina e uma refinaria em Pernambuco como exemplos de fracassos da gestão petista.