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Estado de Minas

Tráfego na BR-381 será desviado durante obras de duplicação


postado em 09/11/2013 06:00 / atualizado em 09/11/2013 07:18

Obras de duplicação da Rodovia da Morte devem provocar aumento no trânsito das estradas estaduais (foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A PRESS - 14/6/13)
Obras de duplicação da Rodovia da Morte devem provocar aumento no trânsito das estradas estaduais (foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A PRESS - 14/6/13)
O tráfego da BR-381 será desviado para cidades como Itabira e São Gonçalo do Rio Abaixo, com a utilização de estradas estaduais, durante as obras de duplicação da rodovia federal. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) já foi avisado por um dos consórcios vencedores das licitações para a reforma da estrada, o Isolux/Corsán/Engevix, de que o serviço, pelo menos em parte do cronograma de obras, terá que paralisar totalmente o fluxo de veículos na 381.

O grupo de empresas foi o vencedor do lote de 33 quilômetros entre o Rio Una e João Monlevade. No trecho, os veículos que iniciarem a viagem por Belo Horizonte entrariam em São Gonçalo do Rio Abaixo e seguiriam por aproximadamente 63 quilômetros até Nova Era, passando por Itabira. A mudança no traçado, no entanto, manterá praticamente inalterada a distância entre a capital e Nova Era, que é de 142 quilômetros.

A informação de que será necessário o uso de desvio foi repassada pela consórcio ao Dnit em reunião, na quinta-feira, de representantes do departamento e de engenheiros e proprietários das empresas que venceram as concorrências para a obra. No encontro, o Dnit informou já ter entrado em contato com o Departamento de Estradas e Rodagens (DER) de Minas Gerais para pagar pela reforma de estradas do estado que possam ser danificadas pelo tráfego desviado da BR-381.

O prefeito de Itabira, Damon Lázaro de Sena (PV), afirma que a cidade não deverá ser afetada pelo aumento do fluxo de veículos. “A população tem que ficar mais atenta, mas na região em que os veículos vão trafegar não há grande contingente de moradores”, diz. Em relação ao trânsito especificamente, no entanto, a tranquilidade não é a mesma. Os carros passarão pelo Anel Rodoviário de Itabira, que também não é duplicado. “Temos risco de acidentes e trânsito lento, caso não haja prudência”, afirma.

Em São Gonçalo do Rio Abaixo, fazendeiros com propriedades na saída para Itabira já observaram técnicos fazendo medições na via. O município também conta com um anel rodoviário. A rodovia liga a BR-381 à estrada para o município vizinho, retirando o tráfego de dentro da cidade.

Outro desvio que poderá ser usado durante a duplicação da rodovia fica no lote vencido pelo consórcio formado pelas empresas Brasil/Mota/Engesur. O trecho fica entre o Rio Una e o entroncamento para Caeté, um total de 37,5 quilômetros. A alteração possível é a interrupção da BR-381 a 70 quilômetros de Belo Horizonte, no entroncamento com a MG-434, que também leva a Itabira. Da rodovia federal, o percurso até a cidade é de 36 quilômetros. Com os 33 quilômetros até Nova Era, o total rodado no desvio será de 139 quilômetros, também, portanto, sem alteração expressiva na distância em comparação com o trajeto original pela BR-381.

O DER-MG não confirmou o contato com o Dnit para ressarcimento por danos nas estradas estaduais causados pela necessidade de desvios para a duplicação da 381. Segundo o DER, o governo do estado está pavimentado estradas que ligam as cidades de Santa Luzia, Taquaraçu e Nova União, e os trechos poderão ser usados durante a reforma da estrada federal. Todas, no entanto, estão próximas a lotes da duplicação da 381 que passarão por nova licitação. Segundo o Dnit, as ordens de serviço para os sete dos 11 lotes que já tiveram concorrência encerrada deverão ser assinadas pela presidente Dilma Rousseff no fim de novembro.


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