“O que a gente vê no Brasil, hoje, na verdade é um software pirata em execução, porque quando o PT copia aquilo que vem do governo do PSDB, o PT acerta”, afirmou ele, em entrevista depois de palestra a empresários na Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul).
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Aécio Neves rebate críticas de Serra ao PSDBAécio cobra mais parcerias entre governos estaduais e federal com municípiosDilma turbina gastos na área social no orçamento de 2014Aécio defende projetos com alto impacto fiscalDilma cumprimenta Cristina por alta hospitalarAécio frisou que estava cumprindo uma agenda como presidente nacional do PSDB. Sobre sua provável candidatura à Presidência da República, afirmou que pretende apresentar até a primeira quinzena de dezembro um documento que será fruto das viagens que ele têm feito pelo país, “para que recuperemos a confiança na economia brasileira, e a partir daí, a retomada dos investimentos”. O tucano, que esteve em Manaus (AM) no fim de semana, afirmou que o país se tornou “um grande cemitério de obras inacabadas”, devido a falta de planejamento.
Segurança
O senador apontou mudanças num eventual governo do PSDB, sugerindo um enfrentamento mais ativo na questão da segurança pública: “Há uma omissão absurda do governo federal nessa matéria, 87% de tudo o que se gasta em segurança pública no Brasil hoje vêm dos cofres estaduais e municipais. Apenas 13% da União. E a União é responsável pelas nossas fronteiras, pelo tráfico de armas, pelo tráfico de drogas. Portanto, a União transfere esta responsabilidade para aqueles que menos têm”.
O senador garantiu que se o seu partido estivesse no governo teria uma relação diferente com municípios e estados, lidando com a saúde de forma diferente. Ele argumenta que há dez anos, quando o PT tomou posse no Planalto, o governo gastava 56% do total de financiamento em saúde pública e que hoje gasta 45%. “Quem paga essa conta? Estados e, principalmente, os municípios, que são os que estão hoje em situação pré-falimentar”, disse.
Afago no PMDB
Aécio Neves aproveitou a viagem a Porto Alegre e acompanhado de um comitiva de deputados e prefeitos tucanos da região, fez uma visita à casa do senador Pedro Simon (PMDB-RS) para um aceno ao partido do vice-presidente Michel Temer. O apoio do PMDB, o maior aliado nacional do governo Dilma, no Rio Grande do Sul é disputado pelo PSDB de Aécio e pelo PSB de Eduardo Campos. "Aécio é um grande companheiro, digno, correto e sério", disse o senador peemedebista. Para ele, ainda é "muito cedo" para definir qualquer aliança para as eleições do ano que vem.