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Câmara decide adiar votação do Marco Civil da InternetGoverno pressiona Câmara para destravar marco civil da internetPMDB quer retirar do Marco Civil da Internet obrigação de armazenamento de dados no BrasilMarco civil da internet é prioridade de Dilma, diz IdeliPontos polêmicos do Código de Processo Civil podem ser votados esta semanaCâmara aprova texto-base do novo Código do Processo CivilPresidente da Câmara descarta votação do Marco Civil da Internet para hojeO principal ponto criticado pelo FT é a proposta que exige que todas as informações sobre o uso da internet pelos brasileiros fiquem armazenadas no País. "Esta medida teria grandes implicações. Exigiria que as empresas de internet dos EUA que operam no Brasil teriam de duplicar sua infraestrutura já existente com a criação de enormes e caros centros de dados no País. Isso, inevitavelmente, faria com que essas empresas se perguntassem se devem restringir suas operações no Brasil", diz o texto. "Isso seria ruim para competitividade e prejudicial para o setor de tecnologia brasileiro", completa o texto.
Além de prejudicar o Brasil, o FT argumenta que a adoção dessas medidas seria "ruim para a liberdade global da internet". Ao afirmar que o mundo pode ser dividido entre dois grupos - um com liberdade total na rede liderado pelos EUA e outro com controle da web reunindo China, Rússia e Irã -, o editorial diz que Brasil, Turquia e Indonésia compõem um grupo "que vacilou sobre qual caminho tomar". "Se o Brasil, o segundo maior mercado mundial do Facebook, se tornar um defensor do protecionismo na internet, outros o seguirão."
Apesar de criticar a proposta brasileira, o FT diz que a culpa da reação brasileira é dos EUA. "A presidente do Brasil tem direito de se sentir seriamente prejudicada", diz o texto, que pondera, porém, que o resultado das medidas propostas poderia ser negativo para o País. "É ruim para o Brasil, que pode sofrer economicamente, e isso é ruim para a rede mundial de computadores, que corre o risco de entrar em uma era de fragmentação e regulação. Dilma precisa pensar novamente", diz o texto.