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No Senado, projeto devolve cargo a João GoulartPeritos fazem nesta quarta exumação de João GoulartRestos mortais de João Goulart serão recebidos com glórias de chefe de Estado em BrasíliaRestos mortais do ex-presidente João Goulart serão analisados por peritos europeusCineasta filma exumação de Jango para mostrar a história da Operação CondorPara autoridades, resgate de João Goulart é reabilitacão da importância do ex-presidenteBusca-se saber se Jango morreu em consequência de problemas cardíacos ou envenenado por agentes da Operação Condor, espécie de consórcio formado entre governos militares sul-americanos para repressão e eliminação de opositores políticos. Não há prazo para divulgação do laudo conclusivo.
Nesta quarta, os peritos perfuraram a gaveta de cimento onde estava o caixão para liberar os gases resultantes da decomposição do corpo. Só então retiraram o caixão para o ambiente externo. Amostras do ar interno, confinado na gaveta, também foram colhidas para análises. A primeiras impressões foram positivas sobre a umidade do local, já que não é tão alta quanto se chegou a supor. Os peritos trabalharam sob uma tenda, sem permitir o acesso até mesmo aos familiares.
Os trabalhos de exumação do corpo do ex-presidente João Goulart, no Cemitério Jardim da Paz, no município de São Borja (RS), começaram antes das 7 horas, com a chegada da equipe de peritos.
Por volta das 8 horas, as primeiras autoridades a chegar foram os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Maria do Rosário (Direitos Humanos). Políticos gaúchos se misturaram a antigos correligionários de Jango, morto em dezembro de 1976 em uma de suas fazendas na Argentina. A família do ex-presidente, valendo-se do assédio da imprensa às autoridades, entrou no cemitério sem dar declarações.
Questionada sob os custos do processo, a ministra Maria do Rosário foi categórica: "Todos os custos serão informados no site de despesas do governo, o Transparência Brasil. Mas não se enganem, serão menores que os custos da ditadura, que custou vidas".
O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, também compareceu ao Cemitério Jardim da Paz para cumprimentar autoridades e a família Goulart. Nascido em São Borja, como Jango, relembrou sua relação pessoal com o ex-presidente, que inclusive o acolheu no exílio, em uma de suas propriedades rurais.