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Cresce suspeita de fraude na autópsia de JKMorte de JK: Ex-motorista de ônibus diz que foi vítima de armação Comissão da Assembleia vai discutir possível assassinato de JK Comissão da Verdade investiga trabalho de general francês que ensinou tortura no BrasilPeritos negam assassinato do ex-presidente JKDiversas frentes tentam desvendar o quebra-cabeça que pode ter levado à morte de JK – em São Paulo, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais e na própria CNV. O ex-presidente morreu em um acidente em 22 de agosto de 1976, quando o Chevrolet Opala dirigido pelo motorista Geraldo Ribeiro teria sido fechado por um ônibus da Viação Cometa, perdido o controle, atravessado a pista – no quilômetro 165 da Rodovia Presidente Dutra, próximo a Resende (RJ) – e sido atingido por uma carreta Scania.
Tanto a comissão paulista quanto a da Assembleia já escutaram o depoimento do motorista do ônibus da Viação Cometa, Josias Nunes, que contou ter recusado uma mala de dinheiro oferecida por dois homens que foram de motocicleta à sua casa para que ele assumisse o suposto crime. “Queriam que eu me declarasse culpado e disseram que, se eu não pegasse o dinheiro, bateriam em mim”, afirmou.
Além do motorista e do perito aposentado, a Comissão da Verdade paulista vai ouvir nos próximos dias Ademar Jahn, que dirigia uma carreta atrás da que se chocou com o Opala em que estava JK. Segundo Natalini, o motorista da carreta já afirmou ter visto Geraldo Ribeiro atravessando o canteiro da Via Dutra debruçado sobre o volante, o que reforça a tese de que ele foi atingido por um tiro.
Natalini quer ainda fazer uma nova perícia técnica no fragmento metálico encontrado no crânio de Geraldo Ribeiro durante a exumação de 1996. À época, o objeto foi analisado e o laudo da Secretaria de Segurança Pública de Minas Gerais concluiu que o metal era “fragmento de prego enferrujado e corroído” que se desprendeu do caixão.