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"Hoje é dia de encontro do Brasil com a sua história", diz Dilma em BrasíliaAmigo de ex-presidente Jango descarta assassinatoUmidade em local do túmulo pode prejudicar exumação de JangoCineasta filma exumação de Jango para mostrar a história da Operação CondorMinistra diz que exumação de Jango é 'dever do Estado'Viúva de Jango diz que exumação é 'resgate da memória'Goulart, deposto em 1964 por militares que instalariam uma ditadura de 20 anos no Brasil, morreu em 1976 vítima de um ataque cardíaco. Familiares suspeitam, porém, que ele tenha sido envenenado. Isso será averiguado em Brasília. Haverá trabalhos de caráter antropológico, de DNA e exames de caráter toxicológico. Ou seja, será feito um cruzamento dos dados obtidos após a exumação com um mapeamento de substâncias venenosas que eram usadas no Cone Sul na época. Há peritos e observadores brasileiros e internacionais participando do processo.
Jango morreu na Argentina em 6 de dezembro de 1976. Ele vivia em Mercedes, província de Corrientes, vizinha do Rio Grande do Sul. Na ocasião da morte, não foi realizada uma autópsia. O atestado de óbito cita somente o termo "enfermedad", ou seja, "doença", como motivo da morte. Com a exumação, o governo quer esclarecer se o ex-presidente morreu de causas naturais, ou seja, por problemas no coração - que tem sido a versão considerada oficial até hoje -, ou se foi vítima de envenenamento, dentro da "Operação Condor".