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Estado de Minas

PF apura denúncia contra assessores da Fazenda


postado em 15/11/2013 08:07 / atualizado em 15/11/2013 08:50

A Polícia Federal abriu procedimento de investigação contra o chefe de gabinete do Ministério da Fazenda, Marcelo Fiche, e seu substituto, Humberto Alencar, a pedido do próprio ministro Guido Mantega, diante de acusações de pagamento de propina por uma empresa mineira que ganhou um contrato para prestar serviços de assessoria de imprensa à Pasta. O caso foi revelado pela revista Época, que divulgou ontem em seu site reportagem indicando que a Partners teria pago R$ 60 mil em espécie a Fiche e Alencar.

Provocado pela revista, Mantega enviou ofício ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, solicitando apuração do caso. Acionou também, segundo sua assessoria de imprensa, a Corregedoria do Ministério da Fazenda para elucidação da história. Segundo a assessoria de Mantega, Cardozo encaminhou pedido ao diretor-geral da PF, Leandro Daiello, que determinou a abertura do procedimento. Fiche e Alencar permanecem nos cargos.

Segundo a reportagem divulgada por Época, Anne Paiva, que trabalhava como secretária da Partners em Brasília, forneceu à revista cópias de conversas suas com Vivaldo Ramos, diretor financeiro da empresa. Nos contatos, Ramos pede que Anne saque valores entre R$ 15 mil e R$ 20 mil depositados em sua conta e entregue a Fiche e Alencar em seus gabinetes, na sede do Ministério da Fazenda, em Brasília. O dinheiro viria dos pagamentos mensais feitos pela Pasta à empresa pela prestação de serviço. A Partners contrata jornalistas que atuam na Fazenda atendendo solicitações da imprensa e preparando entrevistas coletivas do ministro, entre outras funções.

O jornal O Estado de S.Paulo procurou a Partners ontem à noite, mas a ligação para o telefone indicado na página da empresa na internet informava que o número não existia.

Fiche e Alencar negaram, em entrevistas à revista, ter recebido dinheiro da empresa. Da mesma maneira, o diretor financeiro, Vivaldo Ramos, e o sócio e diretor executivo da empresa, Dino Sávio, negaram que o dinheiro depositado na conta da secretária tenha servido para abastecer os assessores do ministro com propina. Os recursos visavam custear outras despesas com o contrato, como despesas de viagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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