Veja galeria com fotos das prisões
Leia Mais
Bispo Rodrigues se entregará "quando for o caso"Marcos Valério se entrega em BH; outros sete já estão presos, entre eles Dirceu e GenoinoDelúbio diz em artigo que nada fará o PT retrocederApós ordem de prisão, Dirceu divulga "Carta aberta ao povo brasileiro"Seis condenados no mensalão já se entregaram, quatro deles em BHEx-funcionária de Marcos Valério se entrega na sede da PF em BHSete condenados do mensalão podem ser presos em MinasSTF manda prender 12 condenados no mensalãoPizzolatto diz que está na Itália, mas ainda não é considerado foragido pela PFPizzolatto fugiu para a Itália e não se apresentaráApós determinação de prisão dos condenados, manifestação no STF termina com 49 detidosLula telefona a condenados e diz "estamos juntos"José Dirceu e José Genoino se entregam em meio a militantes e críticos do partidoCondenado a 8 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha, Delúbio só vai se apresentar à polícia neste sábado. O advogado que o representa, Arnaldo Malheiros, informou que o cliente está em Goiás e a viagem até Brasília dura cerca de seis horas, por isso ele só se entregará no sábado. Pizzolato, que teve pena estabelecida em 12 anos e 7 meses por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato, também só irá se apresentar amanhã. Um procurador pessoal dele, que se apresentou aos agentes da PF que foram ao prédio onde ele mora cumprir o mandado de prisão, afirmou que ele está viajando e vai aguardar o advogado dele, que está em Brasília, chegar ao Rio pela manhã de sábado para, então, se entregar à polícia.
Prisões em SP, MG e DF
O primeiro a se entregar foi o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores, José Genoino, que chegou por volta das 18h30 à Superintendência da PF em São Paulo. Horas antes, ele divulgou, em seu site, uma nota oficial em que reiterava ser inocente e se dizia um preso político. “"Com indignação, cumpro as decisões do STF”, registrou no comunicado.
Duas horas da chegada de Genoino à sede da PF em SP, se apresentou na mesma unidade o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. Por meio de nota, ele afirmou que vai "cumprir o que manda a Constituição e a lei". Ele também afirma ser inocente e que protestará sobre a condenação. "Ainda que preso, permanecerei lutando para provar minha inocência e anular esta sentença espúria", escreveu, em carta aberta.
Em Belo Horizonte foi presa a maioria dos condenados. A primeira a chegar na sede da PF no Bairro Gutierrez, Região Oeste da capital, foi a ex-funcionária de Marcos Valério, Simone Vasconcelos. Em seguida, chegou ao local o ex-sócio de Valério, Cristiano Paz, e pouco depois a ex-presidente do Banco Rural, Katia Rabello, logo após, o ex-deputado do PTB Romeu Queiroz. Às 20h50 se entregou o operador principal do mensalão, Marcos Valério, e dez minutos depois o ex-sócio dele Ramon Hollebarch. O último a se entregar foi o ex-executivo do Banco Rural, José Roberto Salgado. Nenhum deles se pronunciou à imprensa.
Todos os presos serão transferidos, no fim de semana, para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília. De acordo com o órgão, o transporte será feito em aeronave da instituição. Inicialmente, os condenados ao regime fechado cumprirão pena no Complexo Penitenciário da Papuda, na capital federal, mas posteriormente poderão solicitar transferência para as cidades onde moram.
Ordens de prisão
Foi no começo da tarde que o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, expediu 12 mandados de prisão. Ao todo, 16 réus tiveram o processo registrado com “transitado em julgado”, o que garante a determinação imediata da execução das penas as quais foram sentenciados. Os quatro que não tiveram ordem de prisão expedida são o ex-deputado federal pelo PT e delator do mensalão, Roberto Jefferson, o ex-deputado federal pelo PMDB José Borba, o ex-secretário nacional do PTB, Emerson Palmieri, e o sócio-proprietário da Corretora Bônus Banval, Enivaldo Quadrado. As primeiras prisões dos envolvidos num dos maiores esquemas de corrupção na política brasileira acontecem um ano após a condenação pelo STF.
Confira os 12 condenados que tiveram os mandados de prisão expedidos nesta sexta-feira
José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil
Pena total: 10 anos e 10 meses
Crimes: corrupção ativa e formação de quadrilha
Multa: R$ 676 mil
José Genoino, deputado federal (PT-SP)
Pena total: 6 anos e 11 meses
Crimes: corrupção ativa e formação de quadrilha
Multa: R$ 468 mil
Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT
Pena total: 8 anos e 11 meses
Crimes: corrupção ativa e formação de quadrilha
Multa: R$ 325 mil
Marcos Valério, empresário
Pena total: 40 anos, 4 meses e 6 dias
Cumprirá pena por corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha.
Crimes: corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha
Multa: R$ 3,06 milhões
Simone Vasconcelos, ex-diretora financeira da SMP&B
Pena total: 12 anos, 7 meses e 20 dias
Crimes: corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Multa: R$ 263,9 mil
Romeu Queiroz, ex-deputado do PTB-MG
Pena total: 6 anos e 6 meses
Crimes: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Multa: R$ 828 mil
Jacinto Lamas, ex-assessor parlamentar do extinto PL
Pena total: 5 anos
Crimes: lavagem de dinheiro
Multa: R$ 260 mil
Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil
Pena total: 12 anos e 7 meses
Crimes: corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato
Multa: R$ 1,316 milhão
Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural
Pena total: 16 anos e 8 meses
Crimes: lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas e formação de quadrilha
Multa: R$ 1,5 milhão
José Roberto Salgado, ex-executivo do Banco Rural
Pena total: 16 anos e 8 meses
Crimes: lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas e formação de quadrilha
Multa: R$ 1 milhão
Ramon Hollerbach, publicitário
Pena total: 29 anos, 7 meses e 20 dias
Crimes: corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha
Multa: R$ 2,79 milhões
Cristiano Paz, publicitário
Pena total: 25 anos, 11 meses e 20 dias
Crimes: corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
Multa: R$ 2,53 milhões