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Foragido do País, Pizzolato será procurado pela InterpolMilitantes do PT são hostilizados em frente a sede da Polícia Federal no DFAdvogado de Dirceu reclama de "espetacularização"Caso Battisti torna mais difícil extradição de PizzolatoFilho de José Dirceu compara prisão do pai à ditadura militarAvião com nove mensaleiros chega a BrasíliaVídeo mostra Marcos Valério sendo hostilizado no Aeroporto da PampulhaA publicação inglesa The Guardian destacou que os condenados serão presos um ano depois da condenação. Segunda o jornal, Dirceu e os outros acusados conseguiram adiar o encarceramento com complexas manobras judiciais e agora serão presos enquanto alguns de seus recursos continuam sendo analisados pela justiça brasileira.
O Wall Street Journal também destacou o caso dizendo que a ordem de prisão dos condenados é marcante pois é um evento não-usual no Brasil, país conhecido por não ir adiante na punição de políticos corruptos. O jornal descreveu a sessão do STF de ontem como conturbada e destacou a fala de Joaquim Barbosa em que ele disse aos outros juízes que eles estavam adiando o caso desnecessariamente se não mandassem os condenados à prisão. A publicação também destacou a participação de Dirceu no mensalão e o denominou de mentor. Por fim, o WSJ informou que recursos ainda estão sendo encaminhados a justiça e que alguns serão analisados somente em 2014, coincidindo com as próximas eleições presidenciais.
O New York Times também apontou que no Brasil é mais fácil a prisão de mais pobres e por crimes menores, como porte de pequena quantidade de drogas. O jornal finaliza com aspas do juiz do Supremo Luís Roberto Barroso, em que ele diz que para ser preso no Brasil você tem que ser muito pobre e com uma defesa muito fraca. Na declaração, Barroso também afirma que poucas pessoas no país são sentenciadas por crimes grandes.
Os réus e as condenações
Marcos Valério, empresário
Pena total: 40 anos, 4 meses e 6 dias
Cumprirá pena por corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha.
Crimes: corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha
Multa: R$ 3,06 milhões
Simone Vasconcelos, ex-diretora financeira da SMP&B
Pena total: 12 anos, 7 meses e 20 dias
Crime: corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Multa: R$ 263,9 mil
Romeu Queiroz, ex-deputado do PTB-MG
Pena total: 6 anos e 6 meses
Crimes: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Multa: R$ 828 mil
Jacinto Lamas, ex-assessor parlamentar do extinto PL
Pena total: 5 anos
Crime: lavagem de dinheiro
Multa: R$ 260 mil
Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil
Pena total: 12 anos e 7 meses
Crimes: corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato
Multa: R$ 1,316 milhão
Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural
Pena total: 16 anos e 8 meses
Crimes: lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas e formação de quadrilha
Multa: R$ 1,5 milhão
José Roberto Salgado, ex-executivo do Banco Rural
Pena total: 16 anos e 8 meses
Crimes: lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas e formação de quadrilha
Multa: R$ 1 milhão
Ramon Hollerbach, publicitário
Pena total: 29 anos, 7 meses e 20 dias
Crimes: corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha
Multa: R$ 2,79 milhões
Cristiano Paz, publicitário
Pena total: 25 anos, 11 meses e 20 dias
Crimes: corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
Multa: R$ 2,53 milhões