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Estado de Minas

Avião com nove mensaleiros chega a Brasília

Na capital federal os condenados vão ficar presos na carceragem da PF, até a decisão do presidente do STF, Joaquim Barbosa, que deve anunciar onde cada um deles irá cumprir a pena


postado em 16/11/2013 16:45 / atualizado em 16/11/2013 18:40

Avião levando os condenados decola do Aeroporto da Pampulha e segue para Brasília(foto: Sidney Lopes/EM/D.A Press)
Avião levando os condenados decola do Aeroporto da Pampulha e segue para Brasília (foto: Sidney Lopes/EM/D.A Press)

A aeronave da Polícia Federal (PF) chegou no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, às 17h47 deste sábado. O jato decolou do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, em direção a Brasília às 16h50, carregando nove dos 12 mensaleiros, que receberam ordem de prisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Eles deverão ser levados à Superintendência da PF no Distrito Federal. Mais dois réus já estão na superintendência da PF: o ex-tesoureiro do PL (atual PR) Jacinto Lamas e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.

O avião, que veio de São Paulo, chegou em Belo Horizonte às 15h20, trazendo José Genoino e José Dirceu. Na Pampulha embarcaram os sete detidos, que se entregaram na sede da PF na capital mineira. Marcos Valério, Cristiano Paz, Romeu Queiroz, Ramon Hollerbach, José Roberto Salgado, Kátia Rabelo e Simone Vasconcelos aguardavam a chegada do avião desde às 14h45, depois de passarem pelo exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) em BH.


A transferência para Brasília foi feita porque cabe ao juiz da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal executar as penas. No entanto, os réus poderão pedir para cumprir a pena nas cidades onde moram. A tendência é que todos permaneçam na superintendência da PF neste fim de semana.

As prisões dos condenados foram decretadas ontem pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa. Dos 12 mandados de prisão somente um não foi cumprido, o do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que está na Itália e é considerado foragido pela Polícia Federal.

Sete réus apresentaram-se ontem à Polícia Federal em Belo Horizonte (MG): José Roberto Salgado, ex-vice-presidente do Banco Rural; O publicitário Marcos Valério; Kátia Rabello, ex-presidenta do Banco Rural; o ex-deputado federal Romeu Queiroz (PTB-MG); Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, ex-sócios de Marcos Valério; e Simone Vasconcelos, ex-funcionária de Valério.

Dois réus entregaram-se em São Paulo: o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, e o ex-presidente do PT e deputado federal (SP) José Genoíno. Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do PL (atual PR), e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares apresentaram-se em Brasília.

Os réus e as condenações

Marcos Valério, empresário
Pena total: 40 anos, 4 meses e 6 dias
Cumprirá pena por corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha.
Crimes: corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha
Multa: R$ 3,06 milhões

Simone Vasconcelos, ex-diretora financeira da SMP&B
Pena total: 12 anos, 7 meses e 20 dias
Crime: corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Multa: R$ 263,9 mil

Romeu Queiroz, ex-deputado do PTB-MG
Pena total: 6 anos e 6 meses
Crimes: corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Multa: R$ 828 mil

Jacinto Lamas, ex-assessor parlamentar do extinto PL
Pena total: 5 anos
Crime: lavagem de dinheiro
Multa: R$ 260 mil

Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil
Pena total: 12 anos e 7 meses
Crimes: corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato
Multa: R$ 1,316 milhão

Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural
Pena total: 16 anos e 8 meses
Crimes: lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas e formação de quadrilha
Multa: R$ 1,5 milhão

José Roberto Salgado, ex-executivo do Banco Rural
Pena total: 16 anos e 8 meses
Crimes: lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas e formação de quadrilha
Multa: R$ 1 milhão

Ramon Hollerbach, publicitário
Pena total: 29 anos, 7 meses e 20 dias
Crimes: corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha
Multa: R$ 2,79 milhões

Cristiano Paz, publicitário
Pena total: 25 anos, 11 meses e 20 dias
Crimes: corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
Multa: R$ 2,53 milhões

Com agências


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