As prisões de 11 condenados do processo do mensalão em pleno feriado da Proclamação da República foram apenas as primeiras. Mais 10 podem ir para a cadeia ainda esta semana. Os deputados federais Pedro Henry (PP-MT) e Valdemar Costa Neto (PR-SP) passaram o fim de semana em seus respectivos estados, segundo pessoas próximas, aproveitando aqueles que podem ser os últimos dias junto à família antes de os novos mandados de prisão serem expedidos pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa.
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Advogados começam batalha por transferência dos condenados no mensalãoPrimeiro dia na prisão não teve privilégios para condenados do mensalãoTucanos criticam reação de petistas às prisões dos condenados do mensalãoMensalão: Advogados estão com juiz de Execuções Penais'A Justiça começa a se fazer', diz FHC sobre o mensalãoDefesa pede remoção de Kátia Rabelo para BHAécio diz não comemorar prisão de condenados do mensalãoHistórico mostra que saída de presos para regime semiaberto pode demorarPT prepara ato de desagravo contra as prisões de José Dirceu e José GenoinoNos decretos de prisão expedidos na última sexta-feira por Joaquim Barbosa não foram incluídos os condenados que cumprirão penas alternativas, como prestação de serviços à comunidade e o auxílio financeiro a instituições sem fins lucrativos. Enquadram-se nesta situação o ex-deputado José Borba – que na época do mensalão era filiado ao PMDB do Paraná –, o ex-sócio da corretora de valores Bônus Banval Enivaldo Quadrado e o ex-tesoureiro do PTB Emerson Palmieri.
A expectativa, entretanto, em relação a outros três réus é de que a execução das penas possa demorar mais tempo. Dois deles – o ex-sócio da corretora Bônus Banval Breno Fischberg e o ex-assessor parlamentar João Cláudio Genu – só deverão iniciar o cumprimento da pena em 2014, depois do julgamento dos chamados embargos infringentes, recursos cabíveis para aqueles que receberam ao menos quatro votos pela absolvição na fase principal do julgamento. Ambos terão penas alternativas e poderão aguardar até o ano que vem pelo fato de terem sido condenados a um único crime em relação ao qual apresentaram infringentes.
O réu que terá uma situação distinta dos demais é o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), que era presidente da Câmara na época em que o mensalão veio à tona. Na quarta-feira, quando o Supremo decidiu que as primeiras prisões poderiam ser decretadas em relação aos crimes nos quais os réus não tenham entrado com infringentes, o último recurso apresentado pela defesa do petista resultou na modificação do valor da multa aplicada a ele.
Diante da aceitação do recurso, o deputado poderá aguardar a publicação do acórdão (documento que resume as decisões tomadas no plenário) relativo à mudança no valor da multa. O parlamentar então terá prazo de 10 dias para protocolar novos embargos de declaração. Antes disso, dificilmente seu mandado de prisão poderá ser expedido.