Todos estão em uma ala especial do Pavilhão de Segurança Máxima, setor onde também ficam detidos ex-policiais condenados pela Justiça. O local é isolado e dispõe de 12 celas, sendo seis de cada lado, com capacidade total para 24 detentos. Cada xadrez tem um beliche e pode abrigar até dois presos.
Até ontem, esta ala contava com 18 pessoas presas e eram vigiadas por dois agentes federais. As celas não têm televisão, embora possam vir a ter desde que haja autorização judicial para isso. Na noite de sábado, as luzes se apagaram às 22h, conforme norma interna da Papuda. O café da manhã foi servido ontem às 8h. Sobre a mesa, pão, leite, café, biscoito doce e bolacha de água e sal.
Os presos tiveram direito ao primeiro banho de sol, mas a prioridade para horários mais cedo foi dos detentos que estão presos há mais tempo. Interlocutores não souberam informar quem quis aproveitar o sol da manhã de domingo, mas a informação é de que foram autorizados a ficar até duas horas ao ar livre dois réus por vez. O cardápio do almoço incluiu arroz, feijão, frango, legumes cozidos e macarrão.
Os detentos que cumprem a prisão decretada na sexta-feira pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, não teriam sido levados para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília em cumprimento a uma instrução normativa que estabelece que presos não devem passar mais de 24 horas em delegacias federais.
A solução encontrada pela PF foi levá-los para esta ala federal da penitenciária, onde os detentos aguardam uma ordem que definirá o local de cumprimento da pena de cada sentenciado. É provável que a definição ocorra hoje. Depois que a carta de sentença for emitida, eles poderão ser transferidos para outras alas da Papuda, próprias para presos do regime semiaberto e do fechado, ou ainda para o Centro de Progressão Penitenciária (CPP).