A Procuradoria-geral da República (PGR) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira, um pedido de providências sobre a prisão do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato. Na petição – assinada pela vice-procuradora, Ela Wiecko -, são sugeridas três medidas a serem tomadas para que a prisão do réu seja feita. Além da extradição, são listadas a transferência do processo penal para a Itália ou o cumprimento da pena no país europeu. A PGR ainda pede que seja incluído o nome de Pizzolato na lista de procurados internacionais da Interpol, medida que já ocorreu. O ex-dirigente do Banco do Brasil teria fugido para a Itália há cerca de 45 dias, e já é considerado foragido. A vice-procuradora, que substitui Rodrigo Janot, sustentou as recomendações com base no acordo de mútua cooperação entre os dois países. O ex-diretor do Banco do Brasil, que tem dupla cidadania, foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Segundo revelou em uma carta pública, a fuga para a Itália tem por objetivo buscar um novo julgamento em território italiano. A página da Interpol na internet já publicou a foto de Henrique Pizzolato como procurado pela Polícia Internacional. As informações sobre ele mostram que tem 61 anos e cidadanias brasileira e italiana.

Para viabilizar a ação, a vice-procuradora ainda pede que o ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo, providencie a tradução para o idioma italiano cópia da Ação Penal 470, certidão do trânsito em julgado da AP, em relação a Henrique Pizzolato, cópia do mandado de prisão, além da cópia da denúncia feita pelo Ministério Público e a certidão com os dados de Pizzolato, tratado como foragido.