Leia Mais
Base do governo tenta blindar os voos da ministra Ideli SalvattiComissão de Ética investiga voo de IdeliComissão abre processo para apurar conduta de IdeliIdeli é alvo de inquérito civil por uso de helicóptero da PRFCCJ do Senado aprova criação de 1.353 funções para PRFIdeli compara o Brasil à Europa ao elogiar geração de empregosEncontro com prefeitos não tem conotação política, diz Ideli SalvattiNo início de outubro, o Correio Braziliense revelou que Ideli intensificou sua agenda de missões oficiais em sua base eleitoral para turbinar suas aparições públicas na região. Para isso, a ministra viajava a bordo do helicóptero da PRF do estado, justamente a aeronave destinada à remoção de pacientes graves resgatados em acidentes e tragédias naturais. Em pelo menos três dias em que ela usou o helicóptero, houve 52 acidentes, com 73 feridos e dois mortos, nas rodovias de Santa Catarina.
Agenda incompatível
As ordens de missão para utilizar a aeronave indicaram que a ministra participou de eventos que não tinham relação direta com a função de articulação política desenvolvida por Ideli à frente da pasta. Foram entregas de casas, inauguração de obras, lançamento de projetos e até participação em formatura de bombeiros. A agenda da ministra mostra que ela participou de 35 eventos no estado somente nos últimos dois anos.
O helicóptero conta com uma maca, tubo de oxigênio e materiais de primeiros socorros. Porém, quando ficava à disposição de Ideli, a aeronave tinha os equipamentos retirados. Em sua defesa, a Secretaria de Relações Institucionais afirma que a aeronave é multifuncional e não fica destinada exclusivamente à remoção de feridos nas estradas.
Reparação a Jango ficou para hoje
Parlamentares adiaram para hoje a votação do projeto de resolução que anula a sessão do Congresso Nacional de 1º de abril de 1964, que declarou vaga a Presidência da República. Na ocasião, o então presidente João Goulart, pressionado pelo militares, viajou para o Rio Grande do Sul. Além do projeto, deputados e senadores analisaram seis vetos presidenciais a quatro projetos de lei e duas medidas provisórias na sessão de ontem do Congresso Nacional. No total, 59 senadores e 397 deputados votaram. Como a votação é feita por meio de cédulas impressas, o resultado só será conhecido após apuração pela Secretaria Especial de Informática do Senado.