Ao discursar no encerramento da Reunião da Executiva Nacional do Partido Social Democrático (PSD), que oficializou apoio à sua reeleição, a presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira, 20, que o País vive um momento em que parte da população considera possível ter democracia sem partidos. Dilma, no entanto, destacou que o Brasil será beneficiado por práticas partidárias que levem à construção de "projetos partidários e de nação".
"Vivemos um momento no Brasil em que muitas pessoas consideram que é possível ter democracia sem partidos. Eu acho que é condição essencial para que esse País avance a participação partidária. E práticas partidárias são aquelas que vão de fato contribuir pra que possamos representar a imensa diversidade política que esse País tem e sermos capazes de construir projetos que são ao mesmo tempo projetos partidários e de nação" prosseguiu.
Ao deixar a sede do PSD, a presidente Dilma disse que o´partido é "muito importante" para os 13 meses de governo que ela ainda tem pela frente. Questionada se estava inaugurando a campanha eleitoral na hora do almoço, ela respondeu: "Estou inaugurando o governo na hora do almoço e o apoio do PSD é muito importante".
Dilma fez questão de ressaltar que a sua situação é "muito diferente" dos demais candidatos que pleiteiam o Planalto. "A minha maior afirmação em qualquer nível é governar", disse. "Apoio é importante para os 13 meses, preciso deles nos 13 meses preciso muito", completou. A presidente não respondeu, no entanto, se o fato de o PSD ser alvo de denúncias de corrupção em São Paulo poderia atrapalhar a aliança para a reeleição.
Presente ao evento, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ao ser questionado se já havia começado a campanha, respondeu: "Estou igual à presidente, governando o MEC". Ele se referia à afirmação da presidente no discurso de que a obrigação dela era governar.