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NEGOCIAÇÃO
O também petista Paulo Paim (RS) apontou um outro entendimento sobre as discussões entre parlamentares da base aliada com o governo federal e garantiu que a questão da dívida dos estados será votada nas próximas semanas. “O tema já foi negociado com o Planalto, com governadores e prefeitos e não será barrado ou adiado para o ano que vem. O presidente do Senado nos garantiu que, assim que o projeto for liberado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), colocará o texto em votação”, disse Paim.
A principal beneficiada com a medida seria a Prefeitura de São Paulo, administrada pelo ex-ministro Fernando Haddad (PT), que teria uma redução de 40% na sua dívida de R$ 54 bilhões, abrindo espaço para a contratação de novos empréstimos. No entanto, nem mesmo o benefício para o correligionário foi motivo para que o líder petista no Senado garantisse apoio do partido e do governo ao projeto. “O Haddad herdou uma situação complicadíssima. Não é só São Paulo que precisa dessa mudança. Outros municípios se encontram em situação financeira difícil. A questão é que o governo já deixou claro que a condição econômica precisa de uma atenção especial e que novas concessões estão descartadas”, avaliou Dias.
Contas fechadas
O Congresso aprovou ontem o projeto que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2013 e permite o abatimento dos investimentos de estados e municípios da meta de superávit primário primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública), reduzindo o esforço fiscal. Com a proposta, que segue para a sanção presidencial, o governo federal não precisará complementar a meta de economia não atingida pelos estados e municípios. Na prática, a medida, que foi duramente criticada pela oposição, ajuda no fechamento das contas deste ano.